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Santo Natal e Feliz Ano Novo ! Pela salvação da Ucrânia e pela conversão da Rússia


Morte de Navalny e vertigem de fraudes eleitorais

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Alexei Navalny foi alastrado de cárcere em cárcere até morrer
Alexei Navalny foi alastrado de cárcere em cárcere até morrer
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs






Putin já aprontou tudo para ser eleito presidente pela enésima vez e pelas mesmas tenebrosas vias. Seu principal opositor Alexeï Navalny desaparecera da colônia penal de Vladimir, 250 quilômetros a leste de Moscou, onde estava preso.

Seu advogado e familiares não tinham notícias dele até que após três semanas de buscas em que as autoridades putinistas diziam não saber de nada foi achado na colônia penal número 3, noticiou “Paris Match”.

O cárcere fica em Kharp, Yamalo-Nenetsia, uma região remota no norte da Rússia é inacessível, para além do Círculo Polar Ártico. No local estão localizadas várias colônias penais herdadas do Gulag soviético de sinistra memória.

Nela apareceu morto quando contava com apenas 47 anos. Morte misteriosa em que o corpo apareceu com hematomas múltiplos, segundo o jornal independente “Novaya Gazeta Europa”, retransmitiu “El Mundo”.

O governo alegou diversas versões do falecimento e não queria entregar o corpo à família.

Numerosas autoridades do mundo como o presidente dos EUA responsabilizaram Putin pela surpreendente morte do opositor. O aparente crime oficial acirrou as já difíceis relações econômicas e militares entre Rússia e o Ocidente.

Ativista carismático anticorrupção e inimigo número um de Vladimir Putin, Navalny cumpria pena de 19 anos de prisão por “extremismo”.

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Colônia penal de  Kharp, Yamalo-Nenetsia, onde acabou morto Alexei Navalny
Colônia penal de  Kharp, Yamalo-Nenetsia, onde acabou morto Alexei Navalny
Ele foi encarcerado em janeiro de 2021 ao retornar de uma convalescença na Alemanha por um veneno ded uso exclusivo da polícia política de Putin: a FSB, herdeira da KGB.

Um de seus associados, Ivan Zhdanov, explicou que é “um dos assentamentos mais setentrionais e remotos” da Rússia. “As condições lá são difíceis”, explicou no X. “É muito difícil chegar lá e não existe sistema de distribuição de cartas ou (acesso telefônico)”, acrescentou.

O veredicto de “extremismo” condenou Navalny a um “regime especial” em um estabelecimento onde as condições de detenção são mais duras, e onde v os mais perigosos prisioneiros para o regime purgam prisão perpétua.

“Desde o início ficou claro que as autoridades queriam isolar Alexei, em particular antes das eleições presidenciais” marcadas para março de 2024, reagiu Ivan Zhdanov.

As transferências de uma colônia penal para outra na Rússia levam várias semanas e os parentes dos detidos não são ouvidos durante esse período.

A Casa Branca disse estar “muito preocupada” e exigiu mais uma vez a libertação do opositor, sem eco algum. O movimento de Navalny foi metodicamente erradicado nos últimos anos pelas autoridades. Seus colaboradores e aliados foram empurrados para o exílio ou a prisão.

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Oferenda floral a Navalny num local público da Rússia.
Oferenda floral a Navalny num local público da Rússia.
O seu Fundo Anticorrupção foi declarado “extremista” em 2021 e se aproximava a eleição, a polícia dou prender a sua diretora, Maria Pevtchikh, que fugiu para o estrangeiro.

Perante uma oposição esmagada e a repressão de qualquer voz crítica no país, Vladimir Putin ambiciona um novo mandato de seis anos no Kremlin que o levará até 2030, ano em que assumirá o poder com 78 anos.

Desde o primeiro cárcere, Navalny convocou os russos para protestarem contra a invasão da Ucrânia ordenada pelo presidente Vladimir Putin.

Por isso, muitos dos seus apoiadores temiam o pior, aliás já acontecido a varias dezenas de oligarcas que apareceram suicidados do modo mais suspeito, escreveu “Clarín”.

Dezenas de manifestantes anti-guerra foram detidos em São Petersburgo após pedirem a paz e o retorno dos soldados desaparecidos na Ucrânia. Após a morte, ou assassinato, de Navalny em ruas de muitas cidades russas foram erigidos monumento florais em sua memória.

A polícia prendeu com violência a pelo menos 400 pessoas que foram a depositar uma flor em algum desses monumentos simbólicos.

A Comissão Eleitoral Russa também descartou a candidatura presidencial da ex-jornalista televisiva e ex-deputada municipal Iekaterina Duntsova, informou “Le Monde”.

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Iekaterina Duntsova ex-deputada contrária à guerra na Ucrânia foi desqualificada pelo TSE russo por ser muito jovem
Iekaterina Duntsova ex-deputada contrária à guerra na Ucrânia
foi desqualificada pelo TSE russo por ser muito jovem
A Comissao arguiu “erros” no de registro, segundo informou no Telegram a equipe de campanha da desqualificada, três dias depois ela solicitar o registro no tribunal eleitoral.

A presidente da Comissão Eleitoral, Ella Pamfilova, declarou que foi rejeitada por unanimidade a candidatura desta mulher de 40 anos dizendo que a candidata “é uma jovem, tem toda uma vida pela frente”.

Yekaterina Duntsova propunha acabar com a guerra na Ucrânia e libertar os prisioneiros políticos, posição que contradiz a Putin.

Quase todos os principais opositores foram presos ou levados ao exílio, e milhares de russos comuns foram processados e multados ou presos por expressarem o seu desacordo com o Kremlin.

A vitória de Vladimir Putin era indubitável mas o Tribunal Eleitoral não quis deixar nem mesmo uma pálida sombra de oposição rejeitando a candidatura de Boris Nadejdin, o único candidato anti-Putin que ainda sobrava.

O opositor anunciou-o no início de fevereiro, uma semana depois de ter apresentado 105 mil assinaturas necessárias para concorrer, informou o “Huffpost”.

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Boris Nadejdin criticou Putin e foi declarado 'não-candidato'
Boris Nadejdin criticou Putin e foi declarado 'não-candidato'

Boris recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça sabendo que sua sorte estava decidida no Kremlin.

O Tribunal Eleitoral achou que 15% das assinaturas apresentadas eram “errôneas”.

Nadejdin é um antigo deputado liberal e discreto veterano da vida política que podia canalizar as esperanças dos russos opostos às políticas do Kremlin, após a supressão de outras figuras da oposição, todas elas hoje no exílio ou na prisão.

“Dezenas de milhões de pessoas iriam votar em mim. Estou em segundo lugar, atrás de Putin!”, proclamou perante o Tribunal Eleitoral. Essas palavras selaram sua perdição final

Ele prometia parar o “pesadelo” da ofensiva na Ucrânia, pôr fim à “militarização” da Rússia e libertar “todos os presos políticos” como o opositor Alexeï Navalny encarcerado no Ártico em local inacessível.

Nenhuma outra figura anti-Putin havia se arriscado a assumir essas causas sem ser punida.

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A polícia russa prendeu centenas de pessoas que foram depositar flores por Navalny
A polícia russa prendeu centenas de pessoas que foram depositar flores por Navalny
O Kremlin desprezava-o: “não o consideramos um concorrente”, disse Dmitri Peskov, porta-voz do presidente russo. E o Tribunal aceitou a vontade do mestre, como nos tempos da falida URSS.

Com boa antecipação Putin estava creditado com cerca de 80% (não com mais de 100% como Fidel Castro) das intenções de voto, segundo sondagens que obviamente não podem dar resultados negativos para o ditador. Esse está no poder desde 1999.



Loucura ditatorial na Rússia de Putin

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Poetas punidos com 5 e 7 anos de cárcere por poesia contra a guerra na Ucrânia
Poetas punidos com 5 e 7 anos de cárcere
por poesia contra a guerra na Ucrânia
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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política internacional,
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Putin governa Rússia desde 1999. Nesses anos ficou excluída qualquer oposição séria, mas a repressão se acelerou desde a invasão da Ucrânia em fevereiro de 2022.

Nos últimos dois anos, milhares de russos, opositores ou cidadãos comuns, foram condenados pelos tribunais por terem criticado a ofensiva contra a Ucrânia. Às vezes com penalidades particularmente severas, noticiou a TV “France 24”.

Artiom Kamardine e Iegor Shtovba foram presos em setembro de 2022 após participarem de uma leitura pública em Moscou, na Praça Triumfalnaya, perto do monumento ao poeta Vladimir Mayakovsky, ponto de encontro de dissidentes desde os tempos soviéticos.

No dia seguinte, ele foi preso durante uma busca em sua casa, durante a qual alegou ter sido espancado e estuprado por policiais.

Processados inicialmente por “incitamento ao ódio”, os dois poetas foram depois também acusados de “apelos públicos à realização de atividades contra a segurança do Estado”.

“Vergonha” gritavam os apoiadores de Artiom Kamardine, 33 anos, e de Iegor Chtovba, 23 anos, no anúncio deste julgamento, a esposa do primeiro gritando-lhe que o amava, notou um jornalista da AFP presente na audiência.

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Centenas foram presos pondo flores em memorial a Navalny. Mais de 200 sofreram penas
Centenas foram presos pondo flores em memorial a Navalny.
Mais de 200 sofreram penas
“É uma arbitrariedade absoluta!”, exclamou o pai de Artiom Kamardine, Yuri. Várias pessoas foram presas pela polícia fora do tribunal após o julgamento dos dois homens.

“Todos são iguais perante a lei, mas alguns são mais iguais que outros. Nossos filhos se mostraram desiguais na luta contra eles”, brincou sua mãe, Elena.

Pouco antes de a sentença ser pronunciada, Artiom Kamardine leu alguns versos sobre poesia, o que segundo ele permite “quebrar o silêncio” e “colocar as tripas na mesa”. “A poesia é a vitória sobre o tempo e o caminho do prisioneiro, do cativo”, recitou.

Ele também disse à imprensa que “não desistiu” e não “se arrependeu”. “Muitas pessoas da cultura que admiro tiveram experiências na prisão”, disse ele.

Durante a leitura da sentença, Artiom recitou o poema “Mate-me, miliciano!”, hostil aos separatistas pró-russos no leste da Ucrânia.

“Não sou um herói e ir para a prisão pelo que penso nunca fez parte dos meus planos”, disse Artiom ao tribunal no seu discurso final, publicado no Telegram pelos seus simpatizantes.

Implorando ao juiz que o deixasse “voltar para casa”, prometeu em troca manter distância de qualquer “assunto delicado”.

Sua esposa, Alexandra Popova, lamentou à AFP uma sentença “muito severa”. “Sete anos para poesia, por uma ofensa não violenta”, ressaltou.

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Prisão é o destino de quem não opina como Putin
Prisão é o destino de quem não opina como Putin

“Por mais que quiséssemos acreditar no fundo que as coisas seriam mais tranquilas, mais fáceis”, era “uma loucura ter esperança”, continuou ela. “Se tivéssemos tribunais normais, esta situação não existiria.”

Ela foi levada pela polícia após falar com a imprensa.

Um terceiro poeta, Nikolai Daïneko, preso na mesma época, foi condenado a quatro anos de prisão em maio, segundo o OVD-info.

A Rússia tem vindo a suprimir vozes críticas durante anos, mas a campanha de repressão assumiu proporções consideráveis com o lançamento da ofensiva contra a Ucrânia.

De acordo com o OVD-Info, quase 20.000 pessoas foram presas na Rússia por se oporem ao conflito na Ucrânia desde fevereiro de 2022. A ONG Memorial lista 633 presos políticos atrás das grades, informou “La Nación”.

Em novembro, a artista Alexandra Skotchilenko, detida em abril de 2022, foi condenada a sete anos de prisão por substituir etiquetas de preços num supermercado com mensagens denunciando a ofensiva na Ucrânia.

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A artista Alexandra Skotchilenko presa pelo crime de deixar dizeres em supermercado contra a guerra na Ucrânia
A artista Alexandra Skotchilenko presa pelo crime de deixar dizeres
em supermercado contra a guerra na Ucrânia
Um estudante de Yaroslavl, um artista em São Petersburgo, um engenheiro em Kaliningrado, um professor aposentado na Buriácia, um escritor na região de Krasnodar... Na Rússia, todos os dias aumenta a lista de cidadãos perseguidos por “apologia do nazismo”, “extremismo” ou “difamação do Exército”.

De acordo com uma nova lei em vigor desde março de 2022, todos podem ser condenados. Mas a repressão é particularmente dura contra os intelectuais.

Entre 24 de fevereiro de 2022, data da invasão da Ucrânia, e 3 de dezembro de 2023, 19.884 pessoas foram detidas por manifestarem oposição à guerra, segundo a ONG russa OVD-Info, especializada no monitoramento de detenções e brutalidades policiais.

As sentenças vão de seis, sete, oito a até 25 anos de prisão. A pena mais dura foi infligida ao oposicionista Vladimir Kara-Mourza.

Yegor Balazeïkine (17 anos), foi condenado em novembro de 2023 a seis anos de prisão por um tribunal militar de São Petersburgo, por ter tentado atear fogo a um centro de recrutamento.

Quase 300 mulheres e homens se apinham nas celas, sejam opositores, simplesmente perseguidos, Testemunhas de Jeová ou tártaros da Crimeia.

A ONG de direitos humanos Memorial, aliás interditada e que teve fechados os seus museus dos Gulags soviéticos, estima que há um total de 1.352 presos políticos.

Comparado com os 144 milhões que constituem a população russa, o número pode parecer modesto. O problema é que aumenta exponencialmente.

Segundo a mesma organização, antes de Mikhail Gorbachev chegar ao poder, os presos políticos não ultrapassavam os 700.

“A repressão não faz distinção de idade ou profissão: pode ser uma aposentada ou uma jovem sem influência. A mensagem que o Kremlin envia é que ninguém está seguro”, afirma Olga Prokopieva, porta-voz da Rússia-Liberdades.

“E as penas são muito duras. Ao mesmo tempo, os criminosos são perdoados (prisioneiros recrutados nas prisões para sedrem enviados à “moedora de carne na frente ucraniana). É assustador”, acrescenta.

Ela reconhece, no entanto, que o poder putinista exerce uma repressão particular contra os intelectuais.

Na região de Tver, por exemplo, a produtora audiovisual Ludmila Razumova (56 anos) foi condenada a sete anos de colônia penal juntamente com o marido por ter publicado um vídeo nas redes sociais sobre “o uso das Forças Armadas Russas para destruir cidades e civis da Ucrânia”.

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Jornalista Maria Ponomarenko condenada por ser contra a invasão da Ucrânia
Jornalista Maria Ponomarenko condenada por ser contra a invasão da Ucrânia
O casal também foi acusado de atos de “vandalismo” porque pintou a inscrição “Ucrânia, perdoe-nos” na parede de uma empresa. Mãe de três filhos, Ludmila passou um ano isolada.

A jornalista da RusNews Maria Ponomarenko (45 anos) foi condenada a seis anos de prisão por um artigo sobre o bombardeio do teatro dramático de Mariupol, na Ucrânia.

Ela foi presa em abril de 2022, em São Petersburgo e depois foi transferida a 4 mil quilômetros de distância para o centro de detenção provisória de Barnaul, na região de Altai.

Em março de 2023 foi encaminhada a um hospital psiquiátrico por se recusar a se despir na frente da polícia, e mais uma segunda vez em outubro. Pouco depois foi apresentada à força perante uma comissão disciplinar, descalça e algemada, por ter “pisado nos pés” dos agentes penitenciários.

Tal como nos tempos da União Soviética, os juízes e as administrações penitenciárias recorrem cada vez mais à psiquiatria punitiva. Muitos presos políticos também sofrem maus-tratos, tortura e privação de cuidados médicos.

Boris Akunin, um dos escritores russos mais famosos, foi rotulado de “terrorista” e suas obras foram retiradas da venda.

Dois anos depois do lançamento da “operação militar especial” de Putin contra Ucrânia, a armadilha judicial fechou-se em torno deste ensaísta e romancista que, com a sua caneta amarga, critica Vladimir Putin e denuncia “a guerra” (é crime chamar assim a “operaçao especial”, termo oficial).

Rosfinmonitoring, a agência federal de inteligência financeira, incluiu Akunin no registro de terroristas e extremistas. A polícia revistou as edições de Zakharov que distribuem os seus livros, e uma investigação de “difamação” do exército forçou as livrarias a retirar “As Aventuras de Eraste Fandorin” e todos os seus outros best-sellers dos seus catálogos.

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Poeta foi surrado e violado por ler poesia anti-guerra
Poeta foi surrado e violado por ler poesia anti-guerra
Akunin vive exilado em Londres desde 2014 e acompanha à distância esta crescente onda de repressão contra os detratores do Kremlin.

“A loucura venceu”, lançou ele em 24 de fevereiro de 2022, descrevendo a ofensiva militar russa na Ucrânia como uma “guerra do absurdo”. Ele tampouco conteve as críticas a Putin: “A Rússia é liderada por um ditador que é mentalmente desequilibrado e, pior ainda, obedece à sua paranóia”, declarou.

No exílio, co-fundou o projeto “Nastoïachtchaïa Rossia” (Verdadeira Rússia) com outras personalidades culturais que fugiram do país.

“A repressão tornou-se intermina. A qualquer momento a lâmina pode cair sobre qualquer um de nós”, confidencia outra figura da autoproclamada “classe criativa anti-Putin”.

Por questões de segurança, este renomado escritor prefere permanecer anônimo porque, ao contrário de Boris Akunin, decidiu continuar morando na Rússia.

“É o meu país. Não é minha função partir. Mas escrever sobre o atual ambiente de guerra e repressão é impossível”, lamenta.

Quando pode, aproveita as bolsas europeias para deixar a família na Rússia e passar algumas semanas no estrangeiro.

Circularam mensagens nas redes sociais russas acusando-o de traição e extremismo, e de ser “um agente estrangeiro” devido aos seus contactos ocidentais.

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Artistas renomadas aguardam julgamento
Artistas renomadas aguardam julgamento
“Tudo pode começar com trolls na internet e terminar em processos judiciais reais. Nós, intelectuais, estamos diretamente ameaçados”, confirma.

Evguenia Berkovitch, conhecida diretora de teatro, aguarda seu julgamento desde o verão. Oficialmente, ela é acusada de “defender o terrorismo” depois de um programa sobre o destino de mulheres recrutadas por islâmicos sírios.

Mas o seu grande pecado foi denunciar o Kremlin e sua ofensiva militar. No entanto, um público bastante jovem e intelectual tem a coragem de frequentar o pequeno teatro independente onde são apresentadas as suas obras, numa Moscou quase subterrânea.

Poucos dias antes do Natal, uma de suas criações terminava com um poema de outro autor: “Não vale a pena escrever, não vale a pena ler, é impossível acabar com a guerra ou começar a viver. Já é noite e você não consegue ver quase nada. A grama está coberta por uma névoa impenetrável”.


Guerra é usada para atroz “purga” na Rússia

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Velório de Alexei Navalny, dissidente 'purgado' porque podia oscurecer o triunfo
Velório de Alexei Navalny, dissidente 'purgado'
porque podia oscurecer o triunfo
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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política internacional,
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diversos blogs






Putin empreendeu uma “purga” daqueles que não o acompanhavam em sua enigmática marcha ao precipício. E a guerra de invasão da Ucrania foi a oportunidade.

De certo muitos da “oligarquia” se manifestaram e foram purgados, sendo encontrados suicidados, caindo da janela, etc.

Essas dezenas de “acidentes” que noticiamos fartamente neste blog, agora pela primeira vez uma alta autoridade russa reconheceu que fazem parte de uma purga. O estilo é do modelo soviético admirado por Putin: o de Joseph Stalin.

Quem deu a público que essas dezenas de mortes de altos funcionários russos, civis e militares, foi nada mais e nada menos que o Ministro de Relações Exteriores Serguei Lavrov, um dos mais íntimos colaboradores na ditadura de Putin.

Aconteceu no segundo ano da invasão, que deveria se ter completado em poucos dias e está custando mais de 500.000 baixas, equivalentes ao número total dos soldados enviados para o ataque geral inicial.

Serguei Lavrov não teve escrúpulo de comemorar os “benefícios” dessa cruel guerra, incluindo entre esses a necessidade de uma purga que eles precisavam na sociedade russa, segundo noticiou a Radio France International (RFI).

A criminosa afirmação não é invenção de Lavrov, mas de seu patrão Vladimir Putin.

Esse logo no início da guerra, em 17 de março de 2022, declarou num discurso no estádio Luzhniki: “O povo russo sempre será capaz de reconhecer a escória e os traidores, cuspi-los como se cuspiria um mosca que entrou na boca”.

O número exato é desde então desconhecido, porque entre os “purgados” e execrados se contam muitos cidadãos, quiçá bem mais de um milhão, que fugiram do país, por todas as fronteiras.

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Russos fogem do recrutamento pela fronteira da Georgia
Russos fogem do recrutamento por todos os meios pela fronteira da Georgia
Uns não queriam ser enviados como recrutas forçados para a Ucrânia e outros temiam a miséria e a repressão interna que viria num clima de guerra alucinada.

Os deputados putinistas falam regularmente da necessidade de punir mais severamente aqueles que são considerados críticos do seu país, seja na Rússia ou no esterior, acrescentou a RFI.

De fato, no exterior os serviços secretos russos também executaram “oligarcas”, funcionários, ex-militares e dissidentes em geral.

Dois anos após o início do conflito, Sergei Lavrov insistiu:

A operação especial uniu a sociedade na Rússia num grau sem precedentes e ajudou a expurgá-la de pessoas que não tinham um sentimento de pertença à história e cultura russas.

“Alguns foram embora, outros ficaram e começaram a pensar. Mas a esmagadora maioria da sociedade se reuniu”.

O poder russo também pretende demonstrar, diz a RFI, tanto externa como internamente, que o apoio russo ao seu chefe de Estado é inquestionável.

Este é um dos objetivos das eleições presidenciais de meados de março.

O resultado delas já está escrito e para ninguém há suspense, tendo sido assassinados ou supressos legalmente os candidatos que poderiam colher certa votação e desdourar o triunfo aparatoso de Putin.



Acusar de “seita”: velho artifício comunista, hoje putinista

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Alexander Novopashin, clérigo cismâtico encarregaddo de rotular de 'seita' aos adversários cristãos de Puitn
Alexander Novopashin, clérigo cismâtico encarregado de
rotular de 'seita' aos adversários cristãos de Puitn
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Luis Dufaur
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Moscou explora mais um artifício para reprimir os grupos dissidentes: os acusa de serem perigosas “seitas” cuja ameaça para a sociedade deve ser extirpada.

Nessa perseguição, o Kremlin tem um apoio destacado no líder anti-“seita”: o arcipreste Alexander Novopashin, que esteve afiliado até março de 2023 à Federação Europeia de Movimentos Anti-“seita” apoiada pela francesa, FECRIS.

Ele oficia na catedral cismâtica de São Alexander Nevsky, em Novosibirsk, dependente do Patriarcado de Moscou, porta-voz religioso das vontades de Putin.

A denúncia das ações deste agente foi feita por“Bitter Winter” site especializado em desvendar as perseguições religiosas no mundo.

O arcipreste é um inimigo profissional das “seitas” para o que ele elaborou um coquetel venenoso de ideologia criminosa do regime de Putin com os artifícios do movimento anti-“seita” ao estilo FECRIS.

Novopashin acusa os EUA de satanista e aponta contra a Ucrânia como responsável dos crimes satanistas cada vez mais freqüentes na Rússia.

Esse coquetel é derramado contra as vítimas escolhidas a dedo ou, por vezes, é mantido em silêncio aguardando para aplicá-lo em seu momento. A polícia política putinista escolhe.

Após o início da guerra de agressão contra a Ucrânia, a maior parte do coquetel saiu à luz para espalhar teorias anti-ucranianas tão absurdas quanto possível.

Em comparação com Alexander Dvorkin, outro importante ativista russo que trabalha contra ditas “seitas”, Novopashin se assemelha mais a um burocrata obtuso que multiplica as contradições, apontou Massimo Introvigne especialista nas perseguições anticristãs na Europa e no mundo.

O eclesiástico russo já apareceu bancando de especialista em espionagem.

Ele disse ao “News of Siberia” que a inteligência ucraniana recrutou “milhares” de agentes na Rússia para espionar infraestruturas militares, movimentos de tropas e comboios militares.

Ele apontou aos “tristes seguidores de Navalny”, o dissidente a quem definiu “agente estrangeiro e terrorista”. Navalny morreu depois num cárcere ártico, causando comoção mundial pelo aparente assassinato putinista.

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Novopashin e Kolokoltsev, ministro do Interior, representantes russos na aliança ocidental anti-seita FECRIS
Novopashin e Kolokoltsev, ministro do Interior,
representantes russos na aliança ocidental anti-seita FECRIS
Novopashin não conta, nem sabe, onde se escondem os espiões ucranianos. “Na maioria das vezes”, explica o arcipreste da polícia putinista, “os encarceramentos de espiões ucranianos ocorrem em novas regiões do país”, ou seja, em partes da Ucrânia que a Rússia anexou fraudulentamente.

O arcipreste acusa a ucranianos de espionar para a Ucrânia na própria Ucrânia, o que não deixa de ter algo de histriônico.

“Mas o SBU [serviço de inteligência ucraniano] tenta expandir a sua rede de agentes, razão pela qual seus agentes são detidos mesmo na Sibéria”, acrescenta incongruentemente.

“Na verdade”, explica o inimigo das “seitas” que não são a sua, “milhares de agentes recrutados foram descobertos, a imprensa noticia apenas os casos mais ressonantes”.

E ali ele encaixar sua missão: “é necessária uma contra-propaganda em grande escala para suprimir as atividades de recrutamento do inimigo”.

“Os cidadãos da Federação Russa devem saber em detalhes como funciona a inteligência estrangeira, como ocorre o recrutamento e quais ameaças os agentes potenciais enfrentam para tais ações”. Essa denúncia justificaria a detenção de dissidentes anti-Putin.

“Tudo isto deve ser apresentado com exemplos modernos e históricos, da forma mais clara possível. Mas, infelizmente, esse trabalho não está sendo realizado”.

“Precisamos de uma visão mais ampla e inteligente do problema, e isto não é apenas uma questão da competência dos serviços de inteligência”, acrescentou.

A pátria russa precisa de lutadores contra as “seitas” que sejam clarividentes como ele para denunciar os espiões ucranianos que se escondem nessas “seitas”.

O jornal siberiano, em acordo com o arcipreste-policial Novopashin, apresenta uma antiga lista de 58 “seitas” (e “muitas outras”), que inclui de tudo, desde os Santos dos Últimos Dias às Testemunhas de Jeová, e desde a Cientologia à desconhecida Soka Gakkai.

O clérigo do Patriarcado de Moscou também define quem é cristão ou não, como no caso da Igreja da Nova Geração, que Putin persegue por qualquer razão, e que ele chama de “paródia blasfema do Cristianismo, movimento sectário ocultista”.

Obviamente, para ele a pior das “seitas” é o anticomunismo e o catolicismo levados a sério.


Boomerang de frio congelou russos

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Populares queimam o que podem sem aquecimento
Populares queimam o que podem sem aquecimento
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Luis Dufaur
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Centenas de milhares de russos ficaram sem aquecimento no ultimo inverno (2023-2024), que foi particularmente rigoroso. Avarias em sistemas de aquecimento coletivo foram relatadas em todo o país.

As maiores delas foram registradas em Podolsk, uma cidade dormitório nos arredores de Moscou com uma população de 149 mil pessoas, segundo reportagem da FranceTVinfo.

Caldeiras quebradas, canos estourando em quase todos os lugares foram uma constante na região de São Petersburgo, em Voroniej, Volgogrado, e até no Extremo Oriente...

Por toda parte, viram-se moradores intumescidos de frio e exaustos, se aquecendo em grupos em volta de esquálidas fogueiras alimentadas com restos de qualquer coisa que queime.

Alguns deles difundiram vídeos nas redes sociais para dizer que estão congelando em casa e literalmente de congelar até a morte.

Como sempre acontece numa situação destas na Rússia de Putin, os cidadãos entre desesperados e resignados ante o fatalismo ensinado por cismâticos e comunistas apelaram a autoridade máxima do Kremlin.

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Moradores gravam mensagem pedindo auxilio a Putin
Moradores gravam mensagem pedindo auxilio a Putin
Esse encenou alguma reação e pediu ao Ministério de Situações de Emergência tomar medidas. Também trombeteou que estava assumindo pessoalmente a situação que só se resolveu com o fim do inverno.

Nas redes sociais, não poucos russos, e em particular os ucranianos, viram nisto a prova de que a Rússia inteiramente focada na economia de guerra, estava a pagar a conta, cobrada por uma mão providencial.

Na realidade o problema não é tão novo: está intimamente ligado às disfunções crônicas do regime russo igualitário e dirigista, que é mais do mesmo do que havia na falida URSS.

As enormes caldeiras feitas para aquecer inteiras áreas urbanas herdadas da era soviética foram mal conservadas, e a guerra consumiu as verbas não roubadas pelos burocratas que deveria consertá-las.

Há décadas que os governos prometem resolver o problema, mas a rigidez burocrática, o imediatismo político e a corrupção significam que nada está a melhorar.

Pelo contrário, tudo piora como no comunismo soviético.

O governo russo não pode acalmar o descontentamento porque a economia de guerra produz consequências de longa duração, entre as quais o deterioro ou omissão de conserto de todos os serviços públicos. Já se faz saber que as verbas para melhorar as habitações coletivas diminuirão drasticamente nos próximos anos.

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Casas invadidas pelo gelo de um inverno severo
Casas invadidas pelo gelo de um inverno severo
Um quarto dos russos não tem acesso a banheiros conectados ao esgoto.

O projeto de modernização do aquecimento socializado é gigantesco... no papel. Entretanto, para acalmar a população, o governo recorre aos velhos métodos socialistas: escolher culpados.

Em Podolsk, o vice-chefe da administração e o diretor da sala das caldeiras foi detido e encarcerado por corrupção, mas nada foi solucionado.

Pensar que no início da guerra de invasão da Ucrânia a Rússia bombardeou seletivamente os sistemas de energia das cidades ucranianas, achando que o pobre país não suportaria o frio e acabaria capitulando.

A Ucrânia resistiu patriótica e religiosamente. Agora, tudo se passa como se um boomerang providencial tivesse abatido sobre a população russa recordes de frio com as infraestruturas de aquecimento sem conserto.

Ficaram em pânico Putin, seus cúmplices e o monstruoso dirigismo comunista que o déspota do Kremlin faz tudo para preservar. Pois o omniarca se aterroriza quando ouve os escravos agitando as correntes que os prendem, neste caso gemendo de frio.


Eleição de Putin e rumores de guerra mundial

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Aurora boreal sobre porta-aviões HMS Prince of Wales do Reino Unido, Exercício Steadfast Defender, o maior da OTAN desde a Guerra Fria
Aurora boreal sobre porta-aviões HMS Prince of Wales do Reino Unido,
no exercício Steadfast Defender, o maior da OTAN desde a Guerra Fria
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs








A prolongação até 2030 da autocracia que Vladimir Putin exerce há 24 anos obteve 87% dos votos na farsa montada dos subterrâneos do Kremlin, e semeada de protestos, atentados e violências policiais.

O mundo todo, excetuados seus amigos, desqualificou a “comédia negra” que o presidente russo aprontou obter o 5º mandato.

Um dia antes de concluir a votação de três dias, com a “vitória” pelo 87% divulgado, Putin se voltou ameaçadoramente contra os que não gostaram dele.

A fraude eleitoral foi pavimentada pela supressão dos candidatos que poderiam desdourar uma “arrasadora” vitória de Putin.

Ninguém superaria a máquina de fraudar os resultados, porém Alexander Navalny, ou alguém indicado por ele, teriam podido colher uma votação reveladora da insatisfação popular pela invasão da Ucrânia.

Esse temor no Kremlin precipitou a morte do opositor.

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Mais de 3000 pesoas en protestos contra Putin assassino
Mais de 3000 pesoas em protestos contra Putin assassino
Navalny foi encarcerado após se submeter a um tratamento na Alemanha que o salvou do agente nervoso Novichok, um dos venenos preferidos pelos serviços putinistas.

Desapareceu da colônia penal onde estava preso por “extremismo” e reapareceu numa outra colônia penal em Kharp, no Ártico russo, onde teria sido assassinado por ordem de Putin segundo “The Economist” .

Dezenas de milhares de russos compareceram ao enterro e cerimônias públicas em muitas cidades desafiando a intimidação policial.

A “purga” de dezenas de “oligarcas” próximos do ditador e de altos mandos militares se somou ao mais de um milhão de cidadãos que fugiram do provável envio como “bucha de canhão” à Ucrânia.

Acresce ainda o meio milhão de baixas na guerra, segundo fontes independentes , o equivalente ao número total de homens engajados no início da invasão.

Putin queria, a qualquer custo, uma vitória para ser aclamado pelo eleitorado como um triunfador.

Vitória de Putin estopim da Guerra Mundial?


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Mulltidão canta contra Putin no enterro de Alexei Navalny em Moscou
Mulltidão canta contra Putin no enterro de Alexei Navalny em Moscou
Por que, se a eleição estava decidida em seu escritório? Ele revelou suas intenções acionando um sinistro teclado de ameaças militares contra os países vizinhos.

Voltou-se contra a Polônia dizendo que devia boa parte de seu território a Stalin.

E a Polônia, desconfiada pela invasão da Ucrânia fez de seu exercito o maior de Europa e é o país que mais gasta em se armar no continente.

A Suécia e a Finlândia, países neutrais há dois séculos entraram às presas na NATO.

Até maio a mesma NATO está fazendo o maior exercício desde a Guerra Fria nas fronteiras da Rússia: o “Steadfast Defender 2024” com 90.000 soldados.

A Suécia re-militarizou a ilha de Gotland, no Mar Báltico, que controla a saída naval dos complexos militares russos em torno de São Petersburgo e no enclave lotado de mísseis nucleares de Kaliningrado,.

A Lituânia, a Letônia e a Estônia semeiam minas na fronteira com a Rússia e prepararam suas populações para uma invasão.

Putin reclamou da Noruega as ilhas Svalberg, estratégicas para a saída da frota russa de suas bases siberianas.

No sul Putin apontou contra a desarmada Moldávia, membro da NATO, que tem uma faixa de seu território – a Transnístria – ocupada por tropas russas.

Ali um plebiscito teledirigido pediu a anexação do país pela Rússia .

Na véspera da reeleição, o amo do Kremlin causou alvoroço mundial insistindo em entrevista à TV estatal que o arsenal da Rússia “está pronto” para uma guerra nuclear e anunciando armas “mais avançadas” que as dos EUA .

Essas, quando testadas repetidas vezes deram num fiasco.

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Blindados espanhóis cruzam o rio Vístula durante o exercício Steadfast Defender
Blindados espanhóis cruzam o rio Vístula durante o exercício Steadfast Defender
Por sua vez, seu vice-presidente Dmitry Medvedev, em Socchi, no Festival Mundial da Juventude 2024 apresentou um mapa do futuro, em que da Ucrânia só fica uma área minúscula em volta de Kiev, e a Rússia abocanharia mais territórios de países próximos.

Também na iminência do pleito eleitoral russo, o presidente francês Emmanuel Macron acenou a hipótese de enviar soldados à Ucrânia deixando o prato servido a Putin que ameaçou retaliações de grande porte.

Nos mesmos dias, três unidades de soldados russos anti-Putin incursionaram em seu país desde a Ucrânia enquanto dezenas de drones incendiavam as principais refinarias de petróleo em território adversário.

Temores europeus pela vitória de Trump


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Vicepresidente de Putin, Dmitry Medvedev, apresenta o mapa futuro do que sobraria da Ucrânia
Vicepresidente de Putin, Dmitry Medvedev, apresenta o mapa futuro do que sobraria da Ucrânia
Na Europa ecoam rumores de guerra, as indústrias bélicas se enchem de encomendas, os países aumentam seus orçamentos militares e se espalhou-se o temor de uma vitória eleitoral de Trump nos EUA.

O virtual candidato republicano diz que cortará o dinheiro dos EUA para a parte do orçamento da NATO que os europeus não cobrem.

Entrementes, seu partido, o Republicano bloqueia as verbas para a Ucrânia que, sem munição suficiente, cede pontos sensíveis do front permitindo ao exercito russo fazer avanços, pequenos em verdade, mas que antes não conseguia fazer.

A ninguém se esconde a recíproca simpatia pessoal entre Trump e Putin.

No partido Democrata, Joe Biden, que se posiciona pela Ucrânia, é o opositor eleitoral de Trump embora seja o presidente mais impopular da história dos EUA e exiba uma condição física e mental fraca para enfrentar uma crise das dimensões anunciadas.



Continua no próximo post: Europa pensa em guerra mundial e na Igreja grassa “guerra civil” teológica universal


Europa pensa em guerra mundial e na Igreja grassa “guerra civil” teológica universal

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Almirante Rob Bauer, chefe da NATO diz que aliança se prepara para conflito com a Rússia
Almirante Rob Bauer, chefe da NATO
diz que aliança se prepara para conflito próximo com a Rússia
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Luis Dufaur
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continuação do post anterior: Eleição de Putin e rumores de guerra mundial

Europa se prepara para a guerra


Em janeiro, o general Patrick Sanders, chefe do Estado-Maior do exército britânico anunciou que no Reino Unido os cidadãos poderão ser convocados para uma guerra com a Rússia, para a qual as forças armadas se encontram assustadoramente desprovidas de soldados .

Falou também em começar a instrução militar de 120.000 civis.

O encolhimento das mais respeitadas forças militares da Europa é atribuível a décadas de propaganda ingênua de que o comunismo morreu deixando o lugar a uma era sem choques civilizatórios voltada exclusivamente para a economia.

Por sua vez, o almirante holandês Rob Bauer, chefe do Comitê Militar da NATO, defendeu que os países membros devem se preparar para um conflito iminente aberto por Moscou.

No mesmo sentido o ministro sueco da Defesa Civil, Carl-Oskar Bohlin, falou para seu pais que, antes que seja tarde demais, todos devem se preparar para o pior dos cenários: uma guerra com a Rússia .

A Dinamarca ordenou duplicar o número de alistamentos e forneceu jatos F16 para a Ucrânia.

O serviço militar obrigatório, há anos abolido, está voltando a Europa e em alguns países incluirá às mulheres na previsão de uma guerra massiva .

E a União Europeia após muitas discussões, validou uma ajuda de 50 bilhões de euros em empréstimos e dons para sustentar Kiev até 2027 e mais 5 bilhões em ajuda militar, segundo Ursula von der Leyen, presidente da Comissão Europeia, após reunião extraordinária em Bruxelas, no início de fevereiro, noticiada por “Le Monde” .

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General Patrick Sanders, chefe das FFAA inglesas, alertou para guerra próxima com a Rússia
General Patrick Sanders, chefe das FFAA inglesas,
alertou para guerra próxima com a Rússia
Também haverá eleições gerais para o Parlamento Europeu em junho deste ano que sondarão a opinião publica continental face a um eventual ataque vindo da Rússia.

O ministro da Defesa da Letônia, Andris Spruds, estuda retirar seu país do tratado sobre minas terrestres, ou Convenção de Ottawa.

Os países bálticos concordaram em construir uma “Linha de Defesa do Báltico”, um complexo de bunkers e fortificações, com sensores e obstáculos físicos anti-tanques além das minas.

“Podemos esperar que a NATO enfrente um grande exército de estilo soviético”, disse o diretor-geral do Serviço de Inteligência Estrangeira da Estônia, Kaupo Rosin, divulgada em fevereiro .

“Nosso plano é usar massivamente minas antitanque, minas de visão e todo tipo de outras minas”, disse Kusti Salm, secretário permanente do Ministério da Defesa da Estônia.

Políticos bálticos pedem fazer tudo o possível para que o Kremlin pense duas vezes antes de cruzar a fronteira .

O ponto de vista alemão


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Exercício NATO
Exercício NATO
Nada alarmou mais do que a difusão de documento secreto das forças armadas alemãs no inicio do ano pelo jornal Bild.

Ele desenha diversos cenários possíveis de uma iminente guerra europeia desatada pela Rússia.

Segundo a hipótese “Defesa da Aliança 2025”, Moscou planejaria atacar o flanco oriental da NATO por volta de junho após uma contraofensiva bem-sucedida contra a Ucrânia, que parece estar acontecendo .

Essa “ofensiva de primavera” engajaria 200.000 homens e seria secundada por ataques cibernéticos e outras formas de guerra híbrida, primeiramente contra a Estônia, a Letônia e a Lituânia.

A Alemanha ocupa uma posição central nesses possíveis conflitos e é muito respeitada na planificação da guerra.

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Vizinhos da Rússia temem os tanques de Putin e usam minas terrestres para se proteger de uma invasão russa
Vizinhos da Rússia temem os tanques de Putin
e usam minas terrestres para se proteger de uma invasão russa
Os cenários do Ministério da Defesa alemão focam a Polônia e o corredor estratégico (“Suwalki Gap”) entre a Bielorrússia e o enclave de Kaliningrado há muito identificado como um dos calcanhares de Aquiles da NATO.

Em qualquer um dos cenários, uma guerra aberta entre os dois blocos seria o início de uma Terceira Guerra Mundial, disse a CNN .

O conflito especulado teria como ponto de partida um exercício militar em grande escala na Bielorrússia denominado “Zapad 2024” e teria seu pior momento durante a transição presidencial dos EUA.

A Rússia arguiria falsos “conflitos fronteiriços” ou “motins com numerosas mortes”, ou até um complô macrocapitalista contra a gestão de Putin, o diria agir “em defesa própria” .

Francisco I pede a rendição da Ucrânia?


O golpe psicológico que mais favoreceu a estratégia de Putin proveio infelizmente do Papa Francisco I.

Em entrevista à Rádio e Televisão Suíça (RTS), propôs que a Ucrânia tivesse a “coragem de alçar a bandeira branca e negociar”, gesto universalmente interpretado como capitular diante da invasora Rússia.

A reprovação da proposta foi universal, a Ucrânia convocou o núncio apostólico [embaixador do Vaticano] Monseñor Kulbokas, em sinal de protesto, e se sucederam indignadas críticas e desmentidos vaticanos que não solucionaram o caso.

A diplomacia ucraniana acusou ao Pontífice de “legalizar a lei do mais forte” e apoiar Putin a “seguir ignorando o direito internacional” .

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Francisco I pede a rendição da Ucrânia? Não pediu o mesmo ao agressor Putin, seu amigo
Francisco I pede a rendição da Ucrânia? Não pediu o mesmo ao agressor Putin, seu amigo

O secretário geral da NATO, Jens Stoltenberg, afirmou que “não é momento para falar em rendição” pois “seria um perigo para todos”.

A única solução negociada duradoura e pacífica passa pelo respaldo militar a Ucrânia, acrescentou.

O chanceler alemão, Olaf Scholz, discordou das declarações do Papa.

“Kiev tem o direito de se defender e pode contar com nosso apoio”, asseverou.

Os bispos alemães qualificaram “infeliz” a fórmula do Papa, mas adotaram as contorções verbais vaticanas que tentam lhe dar um sentido “benigno”.

O fato que as palavras criticadas deram continuidade à velha diplomacia vaticana conhecida como “Ostpolitik” que há décadas tenta a aproximação com o comunismo, hoje atualizado em Vladimir Putin.

Conflito doutrinário na Igreja


Os ditos do pontífice também atiçaram o violento conflito doutrinário dentro da Igreja rotulado de “guerra civil” religiosa em todos os campos da teologia e da disciplina eclesiástica.

Ela se mostrou agravada pela posta em evidencia de uma infiltração de agentes russófilos provocadores no mundo católico, que não só militam na extrema esquerda mas também se fingem “conservadores” e desta posição aplaudem ou desculpam os crimes de Putin.

Então às pesadas nuvens carregadas do perigo de uma Terceira Guerra Mundial se somaram os temores pelo preocupante estado de saúde do Papa que poderia precipitar a eleição de um sucessor num Conclave decisivo para o futuro da Igreja.

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NATO treina a defesa do corredor estratégico Suwalki Gap
NATO treina a defesa do corredor estratégico Suwalki Gap.
Na Igreja, o conflito teológico-moral-litúrgico e disciplinar vai mais longe
Caso aconteça, os misteriosos manipuladores da guerra psicológica no Ocidente e no mundo católico tentarão por certo condicioná-la.

O que aconteceria, então, num contexto de conflito bélico iminente ou em ato, de formas caóticas de guerra híbrida, de ataques cibernéticos e invasões de migrantes empurrados desde Moscou percorrendo a Europa.

Nesse horizonte tenebroso, Putin “consagrado” em eleições fraudulentas, estaria interessado num Papa que olhasse para a Rússia como um baluarte contra o Ocidente corrupto, ponderou o prof. Roberto de Mattei .

Assim de três eleições aparentemente muito diversas – as presidências russa e americana, e a de um Papa num Conclave, que esperamos possa acontecer sem perturbações internas ou externas – neste ano 2024 pode se decidir o rumo da Igreja e do mundo.




Fraude eleitoral de Putin superou 30 milhões de votos

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Eleições fraudulentas
Eleições fraudulentas
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Luis Dufaur
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Até hoje as organizações russas independentes tentam chegar a um número aproximado da extensão da fraude eleitoral praticada nas eleições presidenciais russas que voltaram a eleger Vladimir Putin como presidente, segundo antecipado com risível folga.

Segundo elas, a farsa das eleições de 2024 vai bater recordes.

Os detalhes da gigantesca fraude nessas eleições vão ficando cada vez mais claros.

Após a reeleição com o inverossímil 87,28% dos votos por Putin para um histórico quinto mandato pisando uma Rússia cada vez mais submissa, o jornal “Le Monde” citado por BFMTV tentou um balanço objetivo e destacou as manipulações.

Estimativas e observações de várias mídias e organizações independentes segundo “Le Monde” apontam para “a fraude mais significativa da história das eleições na Rússia”, nas palavras da organização de observação eleitoral Golos.

A Golos foi banida do país antes das eleições, obviamente por falta de subserviência ao ditador.

As organizações contaram todas as assembleias de voto em que a participação foi particularmente forte e inexplicável, beneficiando em grande parte o presidente russo.

Usaram o “método Shpilkine”, pelo estatístico que o desenvolveu.

Segundo Golos, o número de votos roubados a favor de Vladimir Putin poderia assim ter atingido os 22 milhões, num total de 76 milhões de votos expressos.

A mídia Novaya Gazeta Europa chega a uma fraude de 31,6 milhões.

As divergências se devem, segundo o “Le Monde”, às mesas de voto tidas como “honestas”, porque aceitaram observadores, e as não-honestas.

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Policiais observam se votante foi 'correto'
Policiais observam se votante foi 'correto'
 escala global ocorreram fraudes em muitos mesas. No distrito de Danilovsky em Moscou, onde vive uma população rica e instruída, foram registrados fortes contrastes.

“Onde os observadores independentes conseguiram registrar-se, a pontuação de Vladimir Putin ronda os 60%. Em quatro escritórios onde estiveram ausentes, atingiu… 99%”, relata o correspondente do diário vespertino de Moscou.

Mas houve mesas sem observadores com 100% de participação dos eleitores e todos eles por Vladimir Putin. Na Chechênia, sob uma ditadura islâmica putinista o presidente obteve 98,99% dos votos.

Houve locais de voto onde a manipulação orquestrada foi até flagrada pelas câmeras de segurança com agentes trabalhando duro no clássico enchimento de urnas sob o olhar cúmplice da polícia.

Noutros, a falsificação deu a vitória a Putin na primeira volta por modificações entre a contagem e a publicação dos resultados.

Numa mesa de Moscou, por exemplo, o voto por Putin pulou maravilhosamente de 57% para 86%.

Numa outra de São Petersburgo, o presidente saltou de 77,1% para 98,3% pelo simples aumento artificioso da participação de 64,5% para 95,3%.

Para o “Le Monde” em 2018 os locais de voto “normais” ainda foram maioria.

Mas, nas últimas eleições presidenciais, as mesas “honestas” foram uma deprimente minoria, segundo o meio de comunicação independente Meduza.


Vídeo: funcionárias jogam pilhas de votos em urna

Rússia comanda desinformação contra a família real britânica

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Luis Dufaur
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A grande mídia não dá trégua à família real britânica despejando a seu propósito toda classe de boatos que transparecem uma visceral antipatia pelo regime monárquico ainda portador de intenso simbolismo medieval.

A bem dizer se assanha contra ela por qualquer coisa, verdadeira ou falsa, observou o jornal portenho “La Nación”.

Depois se rasgarem as vestimentas por uma fotografia retocada da princesa Kate e dos seus filhos, o rei Carlos III foi alvo de uma campanha de desinformação que o declarou morto com certeza originada em meios de comunicação russos.

Essas notícias falsas se espalharam como um incêndio, forçando o Palácio de Buckingham a negá-las. Mas de onde provinha esse ataque global?

Nada mais e nada menos que da Rússia, onde Putin há muito tem funcionando um verdadeiro exército produtor de fake news para semear o caos mental em Ocidente.

Os chefes a seu serviço explicam que estão incumbidos de tocar uma verdadeira guerra psicológica deturpando as informações, passo prévio para desorganizar o “inimigo” e preparar uma futura conquista política ou militar.

Neste casso, os boatos para desmoralizar a coroa britânica se aceleraram exponencialmente depois de serem publicados na rede social Telegram e serem reproduzidos pelo Vedomosti, um dos jornais de negócios mais respeitados da Rússia.

Lá uma foto de Carlos III em uniforme militar cerimonial saiu com uma breve legenda: “Morreu o rei Carlos III da Inglaterra”.

A partir de ali toda sorte de notícias falsas foram glosadas e amplificadas por sites russos próximos ao poder, incluindo o Readovka, um canal pró-Kremlin do Telegram com mais de 2.350.000 assinantes.

Foram difundidas pelo site Mash; na conta pessoal de Vladimir Soloviev, ex-opositor de Vladimir Putin que se tornou o principal propagandista do regime, e pelo site Sotavision.

A página Readovka disse que possuía um documento, aliás de origem desconhecida, que publicou junto com a foto do monarca britânico e o dizer:

“O seguinte anúncio é feito por comunicações fidedignas. O rei faleceu inesperadamente ontem à tarde”, dizia o texto, datado de 18 de março de 2024.

O documento falso ostentava o selo oficial da residência do rei e era uma cópia do anúncio que o Palácio de Buckingham tinha feito quando da morte da rainha Isabel II.

Com essas aparências enganosas, tomou imediatamente conta das redes sociais, onde, conforme o noticiário, foram acrescentados detalhes.

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Falsas informações montadas pela guerra psicológica russa.
Falsas informações montadas pela guerra psicológica russa.
Por exemplo, que todas as bandeiras nos edifícios do governo britânico foram baixadas a meio mastro. Quem conta um conto aumenta um ponto.

No entanto, havia vários indícios que deveriam ter alertado rapidamente as vítimas do embuste que o espalhavam talvez pensando em aumentar suas visualizações.

Os indícios punham e dúvida a credibilidade daquela informação: os seus contornos eram confusos, o formato do texto não correspondia ao utilizado por Buckingham nas suas declarações oficiais.

Sobretudo, a notícia não foi aproveitada por mídia britânica alguma, nem as mais baixamente sensacionalista que sabem como receber milhões de visitas de ingênuos, se seus números são verazes...

Mais recentemente, ocorreu a Putin ameaçar Gra-Bretanha mais uma vez com a bomba atômica.

Decididamente, o ditador do Kremlin e seus asseclas ocidentais disfarçados de conservadores ou religiosos não gostam do país que tantos santos e até Nossa Senhora em La Salette predisseram uma futura conversão que impactaria beneficamente o mundo.


80 anos após o “Dia D”, Putin é o novo Hitler e a Ucrânia é o local do embate decisivo

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Putin é o novo Hitler e a Ucrânia é o local da batalha decisiva.
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O 80º aniversário do “Dia D”, ou desembarco de Normandia, que determinou o rumo final da II Guerra Mundial, foi ocasião de grandes comemorações oficiais na Europa. As festividades, entretanto, vieram carregadas de graves presságios.

Convergiram na França os chefes dos Estados especialmente engajados naquele tremendo episódio bélico.

Eles fizeram sonoros discursos entre os quais se destacou o do Joseph Biden, presidente dos EUA, a potência que mais engajou homens e armamentos em 6 de junho de 1944 e que ainda possui as maiores forças armadas do planeta.

Nas praias da Normandia, Biden fez um paralelismo entre a situação europeia de 1944 em que Hitler tentava submeter a Europa e a situação atual em que seu êmulo na invasão totalitária Vladimir Putin ameaça o continente começando pela Ucrânia.

O presidente americano apelou aos aliados para ajudarem a Ucrânia a derrotar “um tirano determinado a dominar” se referindo a Putin.

Segundo registrou a FoxNews, Biden vinculou diretamente a luta contra a Alemanha nazista aos combates na Ucrânia que vêm acontecendo desde a invasão em grande escala da Rússia em fevereiro de 2022.

“O isolacionismo não era a resposta há 80 anos e não é a resposta hoje. A Ucrânia foi invadida por um tirano determinado a dominar”, disse.

Biden sublinhou que 350 mil soldados russos foram mortos ou feridos no conflito, enquanto que quase 1 milhão de pessoas “deixaram a Rússia porque ali não conseguem mais ver um futuro”.

“Não iremos embora, continuou. Porque se o fizermos, a Ucrânia será subjugada e toda a Europa será ameaçada... os autocratas do mundo estão observando atentamente para ver o que acontece na Ucrânia, para ver se deixamos passar esta agressão ilegal. Curvar-se aos ditadores é simplesmente impensável”, concluiu.

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Acima: concentração de blindados russos previa à invasão. Embaixo: desembarco americano na praia 'Omaha' em 1944
Acima: concentração de blindados russos previa à invasão.
Embaixo: desembarco americano na praia 'Omaha' em 1944
Do outro lado da linha de combate, Putin ordenou treinos para a eventualidade de usar armas nucleares
. Os temores se amplificaram obviamente.

De todas partes chovem noticias belicistas alarmantes. Por exemplo, Anne Kest-Butler, diretora da Sede de Comunicações do Governo Britânico (GCHQ), um dos principais centros de inteligência do mundo, alertou no primeiro discurso após assumir o cargo que a Rússia prepara “ataques físicos” contra o Ocidente, noticiou “El Mundo” de Madrid.

Moscou contaria com a colaboração de grupos locais dispostos a “operações de sabotagem”, “vigilância” e “ataques cibernéticos” dentro dos países europeus.

As declarações do chefe da ‘ciberinteligência’ britânica surgem na sequência da sabotagem contra fábricas de armas e armazéns de munições em vários países europeus.

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"A Rússia está fazendo atos de sabotagem por toda Europa" ("Valeurs Actuelles", Paris, 8-6-24).
"A Rússia está fazendo atos de sabotagem por toda Europa"
("Valeurs Actuelles", Paris, 8-6-24).
Os ataques foram acompanhados das detenções de espiões russos na Alemanha e na Polônia, acusados de planejar ataques contra instalações militares dos EUA.

“A Rússia acha que está em conflito com o Reino Unido e com os países ocidentais”, alertou o deputado conservador Bob Seely, da comissão parlamentar de relações exteriores.

“Algumas ações parecem obra de amadores, outras são mais sofisticadas. Tudo faz parte da máquina de propaganda de Putin para responder ao Ocidente e testar as suas forças de segurança”, acrescentou o especialista em Rússia.

Anne Keast-Butler sublinhou também as ligações de Moscou com “grupos favoráveis” no continente (alguns deles ligados à extrema direita) para lançar ‘ataques cibernéticos’, realizar trabalhos de vigilância e “em alguns casos coordenar ataques físicos contra o Ocidente”.

Numa conferência CyberUK em Birmingham, Anne Kest-Butler esclareceu que o risco encarnado por Pequim é de “longo prazo”, comparado com o “perigo iminente” representado pela Rússia.


Descalabro das forças armadas russas

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Fotos de satélite mostram bases russas vazias perto da fronteira com a Finlândia
Fotos de satélite mostram bases russas vazias perto da fronteira com a Finlândia
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Luis Dufaur
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O ministro da Defesa norueguês, Eirik Kristoffersen, garantiu que as forças terrestres russas estacionadas na Península de Kola, fronteira com a Noruega e a Finlândia, foram “dizimadas” pelas pesadas perdas sofridas na Ucrânia, divulgou o jornal francês “L’Independant”.

O descalabro ficou patente com a surpreendente facilidade com que o exército ucraniano está entrando na região russa de Kursk e se abrindo, eventualmente, caminho para Moscou.

Um jornal finlandês assegura que as guarnições e bases militares russas perto da fronteira com a Finlândia estão quase vazias. Quase todas as forças terrestres de Moscou, outrora estacionadas na área, foram enviadas para a Ucrânia.

As imagens de satélite recentes confirmam forte redução no número de tropas e equipamentos ao longo da fronteira com a Finlândia.

“Em média, 80% do equipamento e dos soldados foram transferidos para a Ucrânia”, relata uma importante fonte da inteligência militar finlandesa.

Também várias bases russas de remotas regiões russas sofreram diminuições pesadas. Só Moscou ainda conserva intacta suas tropas de defesa. A insegurança de Putin e os rumores de rebeliões militares o justifica.

As perdas na Ucrânia foram tão grandes que segundo os serviços de inteligência, a Rússia levará de 3 a 5 anos para restaurar a capacidade de combate das suas forças armadas.

A mais recente estimativa da inteligência britânica estima que o invasor perdeu 70.000 homens, entre mortos e feridos, nos meses de maio e junho de 2024, segundo “Le Monde”.

Putin tenta assustar Ocidente ameaçando com uma Terceira Guerra Mundial, mas na realidade as ameaças verbais são cortinas de fumaça para dissimular sua fraqueza. A Rússia não tem com o que fazer a guerra que acena.

Um terço do total da marinha russa não está mais operativa. A perda foi puxada pelo afundamento de um terço da frota russa no Mar Negro.

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Bases militares russas esvaziadas na fronteira com a Finlândia
Bases militares russas esvaziadas na fronteira com a Finlândia
Vários navios emblemáticos foram afundados ou danificados na base da Crimeia em Sebastopol, a ponto de a Rússia enviar os seus navios para outros portos mais afastados da área de combate, escreveu ainda o “L’Independant”.

Essa retirada foi principalmente para Novorossiysk. “Eles podem pensar que seus navios estão mais seguros lá, mas a maioria se esconde atrás de navios civis”, disse o porta-voz da marinha ucraniana, Dmytro Pletenchuk. Realmente uma estratégia muito pouco decorosa para uma marinha de guerra.

Pletenchuk sustenta ainda que “um terço dos navios da flota russa do Mar do Norte está definitivamente inutilizável, foi destruída ou danificada”.

Por sua vez, o vice-almirante americano aposentado Mike LeFever declarou à revista “Newsweek”: “víamos a marinha russa como algo grande e poderoso, mas agora ver a Ucrânia dizimá-la sem uma marinha real e com navios não tripulados é significativo de mais”.

A sensação de degringolada da marinha russa foi aumentada por um fato misterioso. Um grande navio russo especializado em neutralizar submarinos, o ‘Almirante Levchenko’, incendiou-se no Mar de Barents, que faz parte do oceano Glacial Ártico.

E tudo indica que a tripulação a bordo não foi salva, noticiou a mídia polonesa Geekweek.

Este mesmo meio de comunicação indica que haveria várias centenas de tripulantes a bordo do navio desaparecido, escreveu o “Huffington Post”.

A catástrofe aconteceu nos mares árticos russos, muito longe do Mar Negro. A Rússia costuma disfarçar suas perdas navais atribuindo-as a acidentes a bordo e nunca a sucessos misseis ou drones do adversário.

Neste caso, guardou enigmático silencio, enquanto o porta-voz das Forças Armadas Ucranianas comentou com uma ponta de ironia: “é o que acontece quando uma ‘superpotência’ recebe sanções e não consegue reparar os motores de seus barcos. Dez anos não foram suficientes para resolver este problema. Uma das instalações pegou fogo”, anunciou.

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Estoques de armamento estão se esgotando. No 'desfile da vitória' Putin fez desfilar um só tanque e da II Guerra Mundial
Estoques de armamento estão se esgotando.
No 'desfile da vitória' Putin fez desfilar um só tanque e da II Guerra Mundial!

Os ucranianos não admitiram ter participado no ataque ao navio russo.

Recentemente, porém, as forças especiais ucranianas provocaram um incêndio no navio de guerra russo ‘Serpukhov’, que estava ancorado na região de Koenigsberg, Mar Báltico, segundo os mesmos meios de comunicação.

O ‘Almirante Levchenko’ é um destróier soviético de mísseis guiados do projeto 1155 (classe Udaloy), oficialmente classificado como um grande navio anti-submarino. A unidade estava ativa desde 1988 na Frota do Norte.

Seu armamento principal torpedos de diversos modelos, mísseis e lançadores múltiplos de cargas de profundidade, além de canhões de uso universal e canhões guiados por radar.



Expurgo de generais russos porque a guerra vai mal

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Facilidade com que drones destroem caríssimos depósitos russos é atribuída a desvio de verbas na construção
Facilidade com que drones destroem caríssimos depósitos russos
é atribuída a desvio de verbas na construção
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os insucessos e/ou parcos sucessos daquela que foi acreditada como “segunda potência militar do mundo” na invasão da Ucrânia desencadearam crises de desconfiança no próprio coração de Moscou.

Esfuma-se dia após dia a aura de ditador intocável de iniciativas invencíveis que envolvia a Vladimir Putin.

Esse então passou a recorrer ao terror e à eliminação de seus mais próximos auxiliares, caprichosamente tidos em suspeição de traições com que sonham os ditadores em desgraça.

O vice-ministro de Defesa a cargo da logística militar durante quase 15 anos Dimitri Bulgakov, fora demitido em setembro de 2022.

Agora foi detido pela polícia secreta de Putin, a FSB, sucessora da KGB, e posto na prisão de Lefortovo, em Moscou, onde gemem detidos altos funcionários e dissidentes que caíram no malestar do dono do Kremlin, informou “El Mundo” de Madri.

O ex-comandante militar é a enésima vítima de alto perfil na purga incessante que Putin conduz entre os principais comandantes do país tentando achar um bode expiatório para o mal andamento da guerra de invasão da Ucrânia.

A FSB é seu grande braço de execução, acentuando o papel dos serviços secretos na tentativa de reverter os maus resultados russos na guerra.

O Kremlin quer mais eficiência na frente de combate passando por cima até da prioridade anterior que era a da lealdade ao ditador ainda que atropelando qualquer moral ou realidade.

O organograma militar estava definitivamente abalado desde que Putin demitiu o anterior ministro da Defesa, Sergei Shoigu, amigo pessoal do líder russo, substituindo-o por um economista, o tecnocrata Andrei Belousov.

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Explosão do novíssimo míssil intercontinental 'Satan II' também atribuída a falhas de oficiais corruptos
Explosão do novíssimo míssil intercontinental 'Satan II'
também atribuída a falhas de oficiais corruptos
Assim que foi nomeado, Belousov iniciou uma limpeza no Ministério e no Estado-maior que abalou a cabeça das forças armadas russas.

Os altos funcionários amigos do antigo ministro da Defesa foram despedidos ou presos, em geral acusados de corrupção e suborno.

Entre eles, o vice-ministro Temur Ivanov, que supervisionava as construções do Ministério da Defesa. A corrupção e desvios de verbas eram segredos a vozes no Exército Vermelho e quando a frente de combate continuou enviando notícias que não eram as que Putin queria, os que seriam condenados já estavam escolhidos.

O caso de Ivanov é paradigmático, segundo “El Mundo”.

Supervisionar as construções do Ministério da Defesa russo era uma das posições mais lucrativas na Rússia: onde milhões são ganhos com o peculato de recursos públicos.

A bem dizer, até o próprio Putin é acusado a boca pequena de fantásticos desvios de capitais, bem aplicados no Ocidente.

Mas, ai de quem falar forte!

A Rússia está se preparando para uma guerra longa e custosa e não quer perder um único rublo (menos os que estão no meu bolso, diriam alguns).

A máquina estatal russa, durante anos funcionou na base da corrupção, a serviço da ideologia mais corrupta da História.

O enriquecimento ilícito consolidava as lealdades sem mecanismos de controle.

Enquanto foi possível anunciar o feliz desenvolvimento do plano do ditador que devia se concluir em três dias de uma vitória relâmpago, malgrado estivessem passando meses e anos, tudo corria bem, porque assim Putin queria.

Mas quando as notícias reais da guerra ficaram indissimuláveis se acenderam tétricas luzes em alguns escritórios.

Bulgakov foi logo responsabilizado pelas falhas logísticas do exército russo, difíceis de acreditar de tão monstruosas.

As tropas russas estavam gravemente sub-abastecidas e os avanços de Moscou se retardavam.

Pior ainda foi quando os ucranianos invadiram a própria Rússia sem encontrar uma defesa eficaz.

Andrey Belkov, chefe da empresa de construção militar no Ministério da Defesa russo, também foi preso por abuso de poder.

O combate à corrupção no exército foi a oportunidade para os serviços de segurança se vingarem dos militares, segundo explicou o analista Giorgi Revishvili, antigo conselheiro do Conselho de Segurança da Geórgia.

Vladimir Verteletsky, chefe do departamento de compras de defesa do Ministério da Defesa foi preso em maio.

E no mesmo mês, Vadim Shamarin, vice-chefe do Estado-Maior General das Forças Armadas Russas acusado de suborno.

O novo Ministro da Defesa, marca pontos ante Putin com purgas que enterram a era Shoigu mas ali não se decide a guerra na Ucrânia.

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O imenso arsenal de Tver 'a prova de bombas atómicas' destruído por drones fora mal feito por corrupção
O imenso arsenal de Tver 'a prova de bombas atômicas'
destruído por drones fora mal feito por corrupção
O porta-voz do Kremlin, Dimitri Peskov proclamou aos jornalistas em maio que a luta contra a corrupção “é um trabalho contínuo”.

Na guerra o chefe do Estado-maior deve dirigir as operações na frente, garantir que nada falte aos combatentes.

Mas, com as purgas putinistas, ele deve se concentrar contra os inimigos da retaguarda instalados em ministérios e comandos militares. Pelo menos, até não cair ele próprio.

Agora o grande objetivo é racionalizar a produção militar para uma longa guerra – sim, aquela que está anunciada para ser ganha nos primeiros três dias.

Ela só poderá ser decidida aumentando a produção industrial militar ainda que custe a fome dos civis.

Produzir mais armas e mais munição mais rápido enquanto chovem os drones ucranianos sobre Moscou e pegam fogo as refinarias de petróleo e gás não é nada fácil.

Putin visitou os países amigos – os “países bandidos” – para implorar armas e munição, de péssima qualidade, aliás.

Muitas teriam virado fumaça nos recentes bombardeios de drones ucranianos a grandes depósitos de armas.



Milhares de recrutas russos sem treino militar se rendem

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Rendição de milhares de conscritos russos é uma dor de cabeça para Putin
Rendição de milhares de recrutas russos é uma dor de cabeça para Putin
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Mais de 300 jovens recrutas russos foram interrogados numa prisão ucraniana visando sua troca por prisioneiros ucranianos cativos dos invasores. O jornal americano “The New York Times”, assistiu à cena e a relatou.

Eles tinham um rosto jovial e corpos delgados. A batalha que perderam e em que ficaram prisioneiros na região de Kursk foi a primeira de suas jovens vidas.

O “New York Times” os menciona só pelo primeiro nome para garantir sua segurança caso sejam devolvidos à Rússia. O simples fato de ter falado diante de repórteres americanos poderia lhes custar excessivamente caro voltando ao despotismo putinista.

Na prisão ucraniana viviam deitados em beliches ou sentados em bancos de madeira, assistindo a desenhos animados numa televisão fornecida pelo carcereiro. De fato, pareciam nunca ter saído de casa.

Vasily, capturado no início da incursão ucraniana na Rússia contou que o único que ele e seus colegas pensaram foi em fugir e se esconder num arvoredo onde foram capturados ingenuamente por astutos ucranianos.

Os jovens soldados nas entrevistas descreveram como se tinham rendido ou abandonado as suas posições espantosamente desorganizadas.

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Conscritos russos en Kursk mal conseguiam combater sem treino nem armas, com oficiais incompetentes
Recrutas russos em Kursk mal conseguiam combater
sem treino nem armas, com oficiais incompetentes
Vasily disse: “nunca pensei que isso fosse acontecer”, referindo-se ao ataque ucraniano.

O comando militar russo parecia ter achado que nunca ocorreria o que aconteceu e instalou nas defesas fronteiriças recrutas inexperientes, alguns com poucos meses nas filas.

Não houve sangrentas lutas: os recrutas abandonaram as suas posições percebendo que acontecia o nunca imaginado e que sua inferioridade em número e armas era grande demais.

A lei proíbe enviar recrutas para fora da Rússia e o exército, com falta de combatentes treinados, utilizou os jovens ignorantes para proteger a fronteira.

Na Rússia, os recrutas são enrolados após o ensino médio para tarefas braçais, como remover neve de bases.

Os soldados, porém, devem ser voluntários e são contratados, sendo melhor pagos e hoje suportam o peso das guerras na Síria e na Ucrânia.

Foi assim que sem muita dificuldade que os ucranianos que capturaram centenas de jovens numa semana e meia.

A prisão ucraniana de Sumy, já interrogou 320 prisioneiros de guerra, 80% deles recrutas, antes de serem enviados para mais longe dos combates, amontoados em celas no porão, onde estão protegidos de possíveis ataques aéreos.

Eles usavam moletons, camisetas e shorts que seus captores lhes haviam fornecido. Alguns tinham ferimentos de estilhaços ou balas.

Com os olhos arregalados e aparentemente desorientados, observaram enquanto os guardas escoltavam os jornalistas até às celas para entrevistá-los.

Eles foram estacionados em pelotões de 30 em fortes de concreto ou terra a pouco menos de 2 quilômetros ao longo da fronteira. Lá eles fugiram com presteza, segundo testemunhas.

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Os recrutas russos prisioneiros narraram condições penosas no exército russo
Os recrutas russos prisioneiros narraram condições penosas no exército russo
A bem dizer, eles não estavam interessados em dar a vida por Putin.

A população recebeu alimentos e ajuda humanitária dos ucranianos e Moscou mandou deportar a 200.000 cidadãos russos, parecendo desconfiar da simpatia desses pelos ucranianos.

Igor, um jovem magro de 21 anos contou: “informamos os comandantes, mas eles não reagiram”. Então concluíram que “não podemos fazer nada” e se refugiaram numa fortificação que logo pegou fogo.

A corrupção no exército russo, objeto de continuados expurgos, consumiu os recursos para reforçar as defesas fronteiriças junto à Ucrânia.

O grupo de Igor tinha apenas um rifle sem recuo com o qual nunca foram capazes de acertar os veículos de combate Bradley ucranianos fornecidos pelos EUA. O rifle disparava, mas o cano estava torto e o tiro saia na direção errada.

Sergei, de 20 anos, é do vale do rio Volga, contou que o líder do seu pelotão de 28 soldados ordenou uma retirada caótica. Refugiaram-se numa casa da cidade, até que chegaram os soldados ucranianos.

A reação foi unânime e o líder do pelotão gritou pela janela: “Há recrutas aqui. Queremos nos render.”

Dmitry, 21 anos, do norte da Rússia, disse que seus rádios pararam de funcionar no dia que, segundo lhes tinham dito, nunca viria o inimigo.

Os ucranianos descreveram uma defesa russa fraca e desorientada.

E os recrutas do “segundo maior exército do mundo” continuam a ser capturados.

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Bradley ucraniano avança celeremente dentro da Rússia
Bradley ucraniano avança celeremente dentro da Rússia.
Ucranianos ficaram surpresos pela fraqueza das defesas russas
As perdas de jovens soldados ucranianos recrutados pela URSS para as guerras no Afeganistão e na Chechênia tinham causado descontentamento generalizado.

Agora, famílias perturbadas organizaram protestos semanais em Kiev, a capital ucraniana, para chamar a atenção para seus entes queridos detidos. A Rússia não revela o número de ucranianos que capturou, mas presume-se que há mais ucranianos do que russos.

A chegada dos recrutas presos deixou felizes as famílias de soldados ucranianos detidos na Rússia pois poderá haver um intercâmbio de prisioneiros mais numeroso.

Exemplo típico é Tetyana Vyshnyak que tem um filho capturado e condenado a 22 anos de prisão russa.

Havia pouca esperança de que ele fosse libertado, mas agora, disse ela, “para todos nós, esta é uma grande oportunidade e esperamos que nossos entes queridos sejam redimidos”.

Valeria Subotina, ex-assessora de imprensa do Regimento Azov, passou 11 meses em cativeiro russo antes de uma troca em 2023, disse: “espero que a operação na região de Kursk possa mudar isto”.

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Soldados russos protestam contra o 'trato animalesco' que recebem dos oficiais
Soldados russos protestam contra o 'trato animalesco' que recebem dos oficiais
Acresce que os ucranianos presos na guerra são maltratados, torturados, forçados a trabalhos esgotadores, e até assassinados nos campos de concentração russos, contra todas as normas internacionais sobre o trato dos prisioneiros de guerra.

Putin acena com recrutar números mirabolantes de jovens ou operários nessas condições, mas não há tempo para lhes dar treino militar.

Além do mais carece angustiantemente de uniformes, armas, veículos, combustíveis e fornecimentos para sustentá-los.

Agora precisa tirar soldados profissionais da Ucrânia para conter a invasão de seu território pelos ucranianos que jamais imaginaram encontrar uma resistência tão fraca.

Padres católicos presos e torturados pelos russos como na era comunista

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Padres Ivan Levitsky e Bohdan Geleta, fotografados ainda em prisão russa
Padres Ivan Levitsky e Bohdan Geleta, fotografados ainda em prisão russa
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Luis Dufaur
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Os padres católicos ucranianos redentoristas Ivan Levitsky e Bohdan Geleta reapareceram em imagens publicadas pela Igreja Greco-Católica Ucraniana (IGCU).

Segundo essa fonte, as fotos foram obtidas quando os dois sacerdotes ainda estavam detidos numa prisão russa, informou o “Catholic Standard”.

Os sacerdotes foram presos por soldados russos em Berdyansk, na Ucrânia, em novembro de 2022, e recentemente foram libertados, segundo anunciou o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, em junho de 2024.

O padre redentorista Bohdan Geleta contou na Zhyve TV, canal de televisão da Igreja Greco-Católica Ucraniana, que ele e seu colega redentorista, o Pe. Ivan Levitsky, tiveram sua paróquia Igreja da Natividade do Santíssimo Theotokos em Berdyansk, invadida por soldados russos que os levaram pela força.

A Igreja Católica nunca soube onde estavam reclusos nem as condições exatas em que viviam durante a maior parte dos 18 meses de cativeiro, mas reapareceram muito emagrecidos e com a cabeça rapada numa troca de prisioneiros.

O Pe. Geleta confirmou que foram sujeitos a tortura psicológica e física segundo informou o Arcebispo-mor católico ucraniano Sviatoslav Shevchuk.

Após a ocupação russa da cidade, os dois sacerdotes continuaram celebrando a Divina Liturgia, rezando e acolhendo refugiados, disse o Pe. Geleta.

No entanto, um carro marcado com a letra “Z”, símbolo das tropas invasoras na Ucrânia, circundou ameaçadoramente a Igreja “diversas vezes” até que prenderam o Pe. Geleta que se preparava para celebrar a Divina Liturgia, e o Padre Levitsky que ia para uma reunião de oração ao ar livre.

Os militares entraram na igreja mascarados e armados e ordenaram irem com eles sem outra explicação senão a ameaça dos fuzis.

O Pe. Geleta tirou os paramentos e foi levado para o local de detenção preventiva central em Berdyansk.

Foram acusados de não terem pedido autorização às autoridades para rezar na cidade. A acusação é típica das forças de ocupação russas na Ucrânia.

Essas suprimem todas as religiões, exceto os ‘popes’ obedientes ao Patriarcado de Moscou que servem aos ditadores do Kremlin.

Os russos destroem casas de culto, prendem, torturam e matam clérigos e estabeleceram leis para restringir a prática religiosa que não sirva à propaganda de Putin.

Na região de Zaporizhia, os ocupantes proibiram a Igreja Católica, os Cavaleiros de Colombo e a Caritas, braço humanitário oficial da Igreja Católica mundial.

O Pe. Geleta e o Pe. Levitsky, foram mantidos separados em celas úmidas onde “podiam ouvir gritos provenientes dos corredores”, enquanto os prisioneiros eram torturados.

Um companheiro de cela do Pe. Geleta levou choques elétricos e foi obrigado a aprender o hino nacional russo, sob ameaça de execução.

Os carrascos queriam que os padres cooperassem com a polícia política de Putin, a FSB, que tenta recrutar líderes religiosos para torná-los propagandistas do domínio da Rússia nas zonas ocupadas da Ucrânia.

“Mas nós recusámos”, disse o Pe. Geleta.

Os inquisidores “não gostavam da palavra ‘guerra’”, preferindo o eufemismo do Kremlin, “operação militar especial”, para descrever os seus ataques à Ucrânia.

Esse é um capricho de Putin, mas a invasão foi qualificada até genocídio, segundo grandes relatórios do New Lines Institute e do Centro Raoul Wallenberg para os Direitos Humanos.

Os raptores acusaram falsamente os padres de armazenarem armas na sua Igreja, pelo que seriam julgados e condenados a 25 anos de prisão.

Foram então transferidos para a colônia penal russa n.º 77 em Berdyansk.

O Pe. Geleta foi trancado numa cela solitária com um alto-falante que “tocava canções soviéticas durante o dia todo. Nessa altura, percebi como é que uma pessoa enlouquece, percebi porque é que as pessoas se suicidam”, disse ele.

“O Senhor Deus ajuda e dá força através da oração. Deus, Jesus Cristo, Maria e os anjos estavam todos presentes. A oração era a salvação. E, como eu estava a dizer, senti a oração da Igreja”.

Os padres foram transferidos algemados e vendados, com sacos na cabeça para outra colônia penal em Horlivka, Donetsk, onde os prisioneiros eram “maltratados quase todos os dias (…) a admissão era muito terrível, muito cruel”, disse o religioso.

Os combatentes do regimento Azov da Ucrânia e os civis que desafiaram a ocupação russa de Mariupol foram “lá muito maltratados”, contou.

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Os padres (com a bandeira ucraniana) apenas libertados de prisões e torturas recebidos pelo Núncio Apostólico
Os padres (com a bandeira ucraniana) apenas libertados de prisões e torturas
recebidos pelo Núncio Apostólico
Os padres foram abusados várias vezes. “O Pe. Ivan foi espancado tão severamente que perdeu a consciência duas vezes”, lembrou o padre Geleta.

Durante as torturas o sacerdote “lembrou-se de Jesus Cristo, da Sua Cruz, do Seu sofrimento. “E foi uma força e uma graça tão grandes que eu dizia: Senhor, eu posso sofrer contigo”, disse ele.

Ele e o Pe. Levitsky partilharam a mesma cela durante apenas 15 dias dos 10 meses de prisão em Horlivka, onde estavam detidos cerca de 2.000 prisioneiros de guerra.

“Tivemos a oportunidade de conhecer muitas pessoas” que “contaram-nos muitas coisas e estavam à procura de ajuda espiritual”, acrescentou o Pe. Geleta.

No cárcere, o sacerdote organizou reuniões de oração de manhã e à noite, lendo a Bíblia e recitando o Pai-Nosso e a Ave Maria pelas intenções dos prisioneiros.

Também pôde ouvir confissões e sentiu que “toda a Igreja” rezava pela libertação dos sacerdotes.

Os russos consideram os católicos da Igreja Greco-Católica Ucraniana como “uma seita que se separou da Ortodoxia” pelo que os seus sacerdotes devem ser “erradicados, isolados da sociedade e purificados”.

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Católicos assistindo Missa nas jornadas da Praça Maidan
Católicos assistindo Missa nas jornadas da Praça Maidan
Os captores louvam a Deus segundo os ritos da ‘igreja ortodoxa russa’ enquanto batem nas pessoas. “É um fanatismo religioso.”, contou o sacerdote.

“Sofremos e carregámos esta cruz com os prisioneiros que lutaram por uma Ucrânia livre, para estar perto de Deus, da salvação do Senhor”, disse.

O Pe. Geleta exortou às famílias, mães, esposas, que têm filhos, pais e irmãs em cativeiro, a não perderem a esperança, que rezem, que se voltem para Deus.

“O Senhor Deus através destes sofrimentos conduz todos até Si. Caso contrário, uma pessoa poderia não suportar aquilo”, explicou o sacerdote torturado, mas no fim libertado.




Putin persegue, sequestra e mata opositores fora da Rússia

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Lilia Yapparova não acreditava que Putin fosse tão ruim. A descoberta da verdade foi sinistra
Lilia Yapparova não acreditava que Putin fosse tão ruim.
A descoberta da verdade foi sinistra
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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Lilia Yapparova, jornalista que escreve sobre a Rússia desde a Letônia para jornais americanos, foi aconselhada a não comprar comida pela Internet.

Ela achou exagerado mas levou a sério quando, apenas um mês depois, sua colega Elena Kostyuchenko foi envenenada na Alemanha, em tentativa de assassinato cometida pelo estado russo.

Sua reportagem foi publicada pelo “The New York Times”. “Putin Is Doing Something Almost Nobody Is Noticing” (“Putin faz coisas que quase ninguém percebe”)

Lilia conta que fatos como esses se tornaram rotina.

Em 2023, a jornalista investigativa Alesya Marokhovskaya, foi assediada na República Tcheca; e o corpo de Maxim Kuzminov, desertor russo, apareceu na Espanha crivado de balas. O Kremlin estava envolvido nos casos.

As figuras da oposição russa, acresce Lilia, sabem muito bem que, mesmo no exílio, continuam sendo alvos dos serviços de inteligência da Rússia.

Há também centenas de milhares de russos que abandonaram o país porque não queriam ser recrutados à força para a invasão de Ucrânia ordenada por Putin. Eles também são vigilados ou sequestrados.

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Maxim Kuzminov não queria a guerra e abandonou seu helicóptero. Apareceu ametralhado na Espanha
Maxim Kuzminov não queria a guerra e abandonou seu helicóptero.
Apareceu metralhado na Espanha
A repressão acontece longe dos holofotes da grande mídia e, muitas vezes, com o consentimento tácito ou a prevenção inadequada dos países onde se refugiaram.

É uma coisa assustadora, diz Lilia: o Kremlin está caçando pessoas comuns em todo o mundo, e ninguém parece se importar e poucos ativistas de direitos humanos os ajudam.

Um fonoaudiólogo preso pelo governo “amigo” do Cazaquistão a pedido de Moscou que enlouqueceu em uma prisão local.

Um cuidador de idosos foi preso pela Interpol em Montenegro por ordens russas.

Uma professora foi detida por guardas na fronteira com Armenia após falar a seus alunos sobre os atrozes crimes dos soldados russos em Bucha, Ucrânia.

Um dono de loja de brinquedos, um alpinista industrial, uma roqueira punk: esses são outros casos pegos na rede do Kremlin, em todo o mundo.

No Reino Unido, os exilados que assistem a eventos anti-Putin em Londres percebem agentes “que se destacam facilmente em meio ao público”, segundo Ksenia Maximova, ativista anti-Kremlin.

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Elena Kostyuchenko ama a Rússia. Criticou a Putin e a comida comprada na Internet estava cheia de veneno
Elena Kostyuchenko ama a Rússia. Criticou a Putin
e sua comida comprada na Internet chegou cheia de veneno
Oficiais de inteligência russos monitoram as diásporas na Alemanha, Polônia e Lituânia, diz Evgeny Smirnov, advogado especializado em casos de traição e espionagem.

Já houve emigrados russos perseguidos e ameaçados em Roma, Paris, Praga e Istambul.

Alguns métodos são pérfidos, escreve Lilia. Lev Gyammer, ativista exilado na Polônia, recebe mensagens de texto há dois anos, de sua mãe muito aflita pela sua ausência e que clama por seu retorno. Só que a mãe de Lev, Olga, morreu há cinco anos.

Outro expatriado russo na Finlândia cujos pais são muito idosos e doentes acreditou no telefonema da cuidadora sobre um incêndio no apartamento dos pais.

Ele foi correndo e acabou sendo levado para a prisão e torturado. Nunca houve incêndio nenhum, foi enganação mortal da polícia secreta.



Putin conduz mata-mata paranoico no mundo

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Assassinatos sanguinários estarrecem aos dissidentes
Assassinatos sanguinários estarrecem aos dissidentes
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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As evidências dos crimes ordenados por Putin fora da Rússia estão se acumulando, registradas algumas por Lilia Yapparova, jornalista que escreve sobre a Rússia desde a Letônia para jornais americanos, citada em post anterior. Cfr: Putin persegue, sequestra e mata opositores fora da Rússia.

Suas fontes, conservadas no anonimato prudencialmente, incluem pessoas que sobreviveram a sequestros de líderes da diáspora russa em todo o mundo, segundo reportagem do “The New York Times”. “Putin Is Doing Something Almost Nobody Is Noticing” (“Putin faz coisas que quase ninguém percebe”).

Certos países anfitriões costumam ser cúmplices das redes russas, escreveu Lilia. No Cazaquistão, serviços especiais locais cooperam com a Rússia para capturar procurados, por exemplo.

No Quirguistão, a polícia usa reconhecimento facial para localizar os procurados pelo Kremlin, que devem fugir às montanhas onde não chega o sinal.

Sergei Podsytnik, jornalista que investigava ligações militares entre a Rússia e o Irã, ficou eufórico após descobrir uma fábrica de drones recém sancionada.

Quando ele retornava a sua casa em Duisburg, Alemanha viu, espreitando na esquina, um desconhecido que seguia cada movimento seu.

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Repressão de Putin não conhece limites
Repressão de Putin não conhece limites
Um colega de Podsytnik também percebeu e apelaram à polícia de Duisburg que não achou possível que os agentes da Rússia operassem na sua pequena cidade.

Porém, segundo o Dossier Center, organização de pesquisa sediada em Londres, Duisburg é um centro desde onde agentes de inteligência militar russa fazem sabotagem no exterior. Podsytnik acabou recebendo proteção.

Por vezes, exilados acabam desaparecendo sem deixar vestígios. Os desaparecimentos se deram até na porta de uma embaixada na Armênia ou de uma igreja rural na Geórgia, e reapareceram em centros de detenção russos.

Em meados de 2023, grupos civis apelaram ao Parlamento Europeu para que seja regularizado o status de pessoas que se recusaram a lutar no exército de Putin. Porém, não receberam resposta significativa.

Margarita Kuchusheva, advogada de imigração no Chipre conta que o asilo político é rotineiramente negado às vezes com argumentos monstruosamente falsos de que “a situação na Rússia é normal e você pode contar com um julgamento justo”.

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Na Rússia, os opositores são frequentemente assassinados
Na Rússia, os opositores são frequentemente assassinados
As organizações de direitos humanos que tentam ajuda-los, estão à beira do fechamento por falta de fundos.

Mas a Rússia esbanja fundos para acusa-los de traição e terrorismo.

A perseguição é paranoica e se estende por todo o mundo.

O fato mais lancinante é a cumplicidade de governos que se fingem defensores do Direito, mas sorrateira ou escancaradamente simpatizam com os ogros do Kremlin, conclui Lilia.



Internacionalização da guerra põe o mundo em vilo

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Um dos primeiros solldados norcoreanos capturados por Ucrânia
Um dos primeiros soldados norte-coreanos
que teriam sido capturados pela Ucrânia
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A presença de milhares de soldados norte-coreanos na Rússia fez soar tétricos alarmes de uma internacionalização da guerra na Ucrania.

A Coréia do Norte provoca fricções bélicas com vários países vizinhos, especialmente com o Japão e o ditador da Coreia do Norte estaria angariando recursos econômicos ou militares para desestabilizar ainda mais a Ásia.

Pyongyang dinamitou estradas e vias férreas que a ligam ao Sul, enquanto a Coreia do Sul anunciou que enviará instrutores e tradutores à Ucrânia, além de novos armamentos.

As unidades norte-coreanos seriam compostas por militares de carreira fanatizados por uma ideologia delirante.

Mas, as primeiras informações falam que os soldados estariam se entregando pois o que mais desejariam é fugir da ditadura de Kim jong-un.

A Rússia, entretanto, os quer como “bucha de canhão” pois suas perdas em homens foram tão elevadas que, para substitui-los, Putin precisaria de um levantamento em massa, mas a indignação potencial da população russa lhe sugere que poderia haver um levantamento popular.

Do outro lado, o projeto ucraniano “Eu quero viver” lançou sua campanha prometendo aos norte-coreanos em sua língua que se se rendem receberão asilo em campos de prisioneiros preparados para recebê-los de forma digna e segura, tratamento respeitoso, moradia, alimentação três vezes ao dia e cuidados médicos, não valendo a pena, portanto, ir à morte que está ceifando as tropas russas.

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Oito oficiais norcoreanos mortos nos primeiros engajamentos
Oito oficiais norte-coreanos mortos nos primeiros engajamentos
A Rússia ao buscar reforços de regimes como o norte-coreano está sinalizando um isolamento crescente no cenário mundial.

Nesse panorama desolador, ela está enviando ao combate soldados sem treino e procura soldados no exterior. Por vezes para servir de ‘mulas’ carregadoras de material, por causa da perda de caminhões de transporte militar.

A situação desesperadora dos russos emerge com clareza vendo que unidades decisivas são aniquiladas em virtude de péssimas táticas dos seus generais brutais e impiedosos.

Um influencer russo que tem conexões diretas com seu exército fala que os comandantes jogam os soldados em ataques suicidas para se ufanar de conquistas ante os chefes de Moscou.

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Encenação para propaganda de guerra de solidariedade ruso-norcoreana, logo desmentida pela trágica realidade
Encenação para propaganda de guerra de solidariedade russo norte-coreana,
logo desmentida pela trágica realidade
Os grupos de assalto sem preparo são jogados como peões numa carnificina onde morrem em poucas horas sendo substituídos por outros novatos também sem chance de sobrevivência, sem munição, sem ordens claras e sem plano estratégico.

A situação é ainda mais crítica quando se sabe que foram são enviados a missões sem retorno, militares categorizados e experientes, como são os tripulantes de submarinos ou do único porta-aviões, aliás desativado.

É tropa de elite desperdiçada em operações com baixíssima chance de sucesso mostra um desprezo dos superiores pelas baixas e dispostos a sacrificar centenas de vidas para mostrar algum progresso.

O desgaste das tropas russas se tornou evidente e indica uma ruptura da moral interna que Moscou não consegue esconder por muito tempo.

Para Putin está em jogo a estabilidade de seu governo abalada por uma oposição dentro das forças armadas e da população civil. Tanta perda de vidas provocar uma crise interna que vai além do campo de batalha.

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Missil intercontinental do tipo que a Rússia teria disparado contra a Ucrânia
Míssil do tipo que a Rússia teria disparado contra a Ucrânia
Apelando a alianças questionáveis para preencher os vazios a Rússia suscita crescentes dúvidas sobre seu futuro militar. Ela prefere tudo à confessar derrota.

Mas, se essa se torna inevitável, o ditador poderia reagir de um modo imprevisível e ferozmente cruel.

A ameaça que significou o uso de míssil balístico intercontinental contra a Ucrânia (“novo míssil balístico de alcance intermédio”, segundo Putin), e que pelo seu desenho parece feito para ser jogado contra o Ocidente se montado com carga nuclear!, foi um aviso da maior gravidade.


Suécia e Finlância preparam cidadãos para agir numa guerra

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'Em caso de crisis o guerra' apresentado na Finlância
'Em caso de crise o guerra' apresentado na Finlândia
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
conferencista de
política internacional,
sócio do IPCO,
webmaster de
diversos blogs







Os governos sueco e finlandês estão preparando a população residente em seus países para saber como agir e resistir a uma guerra total que poderia estar na iminência de acontecer enquanto Putin apronta pretextos para iniciar uma guerra geral, até nuclear.

O bem informado site “Hoje no Mundo Militar” traz um conciso resumo da última atualização do manual dee resistência para os civis em caso de invasão.

O manual sueco leva o título “Em caso de crise ou guerra”. Este manual é publicado periodicamente, mas hoje virou de máxima atualidade. Pode conferir "Em caso de crise ou guerra" (em inglês).

Com as tensões com a Rússia aumentando, a Suécia, o mais novo membro da OTAN, atualizou o guia para os seus cidadãos enfrentarem situações de grave crise ou guerra.

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O manual para os residentes na Suécia (em inglês)
O manual para os residentes na Suécia (em inglês)
O guia sueco começa com as seguintes frases:

“Estoquem comida e se preparem para a guerra” e "Se a Suécia for atacada, nós nunca nos renderemos!"

O governo sueco alerta ainda que todos os cidadãos, entre os 16 e os 70 anos, poderão ser convocados para proteger o país em caso de guerra.

O guia informa o cidadão a reconhecer as sirenes de alarme e o que fazer em cada caso, dando também indicações sobre os melhores locais para se proteger em caso de ataque aéreo.

O guia também orienta as pessoas a se prepararem para períodos de escassez, indicando a estocagem de água, comida, remédios, eletricidade (baterias) e aquecimento (roupas quentes).

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Estoquem comida e se preparem para a guerra
Estoquem comida e se preparem para a guerra
O guia também pede aos cidadãos que tenham dinheiro em espécie em casa para pelo menos 1 semana de gastos habituais.

Por fim, o guia dá dicas sobre o que levar em caso de ordem de evacuação. Dentre os itens estão comida e água para alguns dias, roupas quentes, alguns remédios, celular com powerbank e carregador, mapa e bússola.

O guia "Em caso de crise ou guerra" também alerta para os riscos de guerra psicológica e interferências, uma especialidade da Rússia. Segundo o guia, os suecos devem estar preparados para duvidar de "certas fontes" e pede para estarem atentos a tentativas de manipulação através de imagens, vídeos e discursos criados por Inteligência Artificial.


O manual sueco de resistência e sobrevivência numa guerra próxima

Soldados norte-coreanos vítimas da inanição

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A desnutrición cresce entre os militares (foto tirada desde a fronteira chinesa)
A desnutrição cresce entre os militares (foto tirada desde a China)
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A ASIAPRESS continua a receber relatos de várias áreas da Coreia do Norte sobre um aumento dramático dos soldados famintos devido à redução do fornecimento de alimentos para bases militares.

A fonte desses relatórios são soldados reenviados para casa devido à desnutrição. A ASIAPRESS realizou uma pesquisa sobre as condições nas bases na parte norte do país em meados de setembro.

Os parceiros de reportagem se reuniram com soldados enviados para casa por desnutrição. Assim obteriam melhor controle sobre as realidades da fome dentro das forças armadas.

Um parceiro de reportagem (“A”) na província de Yanggang disse à ASIAPRESS :

“Houve um aumento de soldados que voltaram para casa devido à desnutrição. ... um jovem soldado que voltou depois de um período em uma base em Wonsan, província de Kangwon, disse que comia duas refeições por dia na base, e em dias sem almoços, as autoridades pularam o treinamento da tarde e fizeram os soldados tirarem cochilos.


Outro parceiro de reportagem (“B”) na província de Hamgyung do Norte, conversou com um soldado que disse à ASIAPRESS :

“Há três jovens que sofrem de desnutrição que receberam alta por razões médicas em minha unidade de vigilância. Provavelmente há mais voltando para casa para não ser desonrosamente dispensado.

Soldados clinicamente inaptos para continuar o serviço militar devido a doenças, ferimentos ou desnutrição são liberados sob um sistema chamado “gamjongjaedae”.


“B” disse à ASIAPRESS mais sobre o que ele ouviu do soldado:

“O jovem com quem falei passou um ano e meio em uma base em Jajupo, província de Hwanghae do Norte, e recentemente voltou para casa por razões médicas.

“As refeições da base eram apenas sal e milho, nem mesmo totalizando 400 gramas por dia.

“Ele me disse que ‘havia três refeições por dia, mas elas equivaliam a apenas uma refeição dividida em três refeições’.

O soldado também disse que houve um aumento tão grande de soldados famélicos que ninguém poderia ser enviado para trabalhar em fazendas durante o verão.


Outro parceiro de reportagem na província de Yanggang (“C”) disse à ASIAPRESS o seguinte:

“Os soldados não podem voltar para casa só porque precisam de tratamento médico para uma doença. A maioria dos jovens que retornaram recebeu alta temporariamente por razões médicas.

“Pais com algum dinheiro subornam os hospitais para obter um documento que confirme que seus filhos precisam ser tratados em hospitais.

“Os hospitais então informam as bases militares de onde os soldados vieram”.


Por que os soldados estão famintos durante a época de colheita?

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Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Uma entre três crianças norte-coreanas com menos de cinco anos está desnutrida
Soldados desnutridos na Coreia do Norte não é um problema novo.

Muitos desertores que serviram nas forças armadas testemunharam sobre a falta de suprimentos de alimentos em bases militares desde o início dos anos 90.

Existem três grandes fontes de alimento fornecidas aos militares norte-coreanos.

1. Algumas das colheitas de fazendas coletivas são enviadas para bases militares. Este alimento é chamado de “arroz militar”.
 
2. Alimentos importados do exterior.
 
3. Milho e legumes cultivados por soldados em campos perto de bases militares. Esses campos são chamados de “buopji”.

 
Na primavera deste ano, o regime de Kim Jong-un ordenou que todos os “buopjis” militares fossem combinados com os campos administrados por fazendas coletivas, embora não esteja claro quantos dos campos agrícolas administrados por militares estão realmente sob gestão de fazendas coletivas.

A comida é adquirida sistematicamente pelo governo. Mas esse, no entanto, não consegue o suficiente para alimentar os soldados, o que levou a níveis crônicos de desnutrição nas forças armadas.

A partir de abril de 2024, o governo norte-coreano não conseguiu adquirir arroz branco e milho suficientes para as lojas de alimentos estatais, por isso tirou das lojas militares de alimentos para resolver rapidamente o problema.

O impacto de tudo isso é que os soldados estão sofrendo de fome, o que levou a um aumento nos crimes por eles cometidos.

A ASIAPRESS se comunica com parceiros de reportagem por meio de telefones celulares chineses contrabandeados para a Coreia do Norte.


Rússia sabota os cabos submarinos da Internet

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O Eagle S, suspeito de trabalhar para a 'frota fantasma' da Rússia
O Eagle S, suspeito de trabalhar para a 'frota fantasma' da Rússia
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Luis Dufaur
Escritor, jornalista,
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A Rússia está sabotando os cabos submarinos da Europa com uma organização de estilo “paramilitar”, disse James Appathurai, Secretário-Geral Adjunto para a Inovação Híbrida e Cibernética da NATO.

Essa é “a ameaça mais ativa” para as infraestruturas ocidentais, disse o especialista senior da NATO no Europe Conversation da Euronews.

Appathurai acha que os recentes ataques aos cabos de comunicação por parte da Rússia mostram um crescimento significativo das interferências cibernéticas, híbridas e outras que Moscou pratica contra a Europa.

No início de novembro (2024), foram cortados dois cabos no Mar Báltico entre a Suécia e a Lituânia, e outro entre a Alemanha e a Finlândia, o que alarmou a NATO, vistas as características de sabotagem.

“Há décadas os russos têm um programa de Investigação Submarina, que é uma estrutura paramilitar, muito bem financiada, que mapeia todos os nossos cabos e dutos de energia”, alertou Appathurai.

Eles usam “navios de investigação”, pequenos submarinos, veículos não tripulados operados remotamente, mergulhadores e explosivos, disse ele à agência de informações Euronewsda UE.

Ninguém acredita que os cabos tenham sido danificados acidentalmente. Também não quero acreditar que as âncoras dos navios tenham causado os danos por acidente”, disse o ministro alemão da Defesa, Boris Pistorious, se referindo às escusas do Kremlin.

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Como se corta um cabo submarino de internet
Como se corta um cabo submarino de internet
O Ministro da Defesa finlandês, Antti Häkkänen, diz que a NATO deve fazer muito mais para defender as infraestruturas críticas do Ocidente, enquanto que a Suécia está investigando a ruptura dos cabos.

A Rússia está atacando sistematicamente a arquitetura de segurança europeia”, denunciaram os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França, Polônia, Itália, Espanha e Reino Unido numa declaração conjunta.

A escalada das atividades híbridas de Moscou contra os países da NATO e da UE não tem precedentes na sua variedade e escala, criando riscos de segurança significativos”, lê-se no documento.

Cerca de 90% dos dados de comunicações digitais do mundo passam pelos cabos submarinos, além de cerca de 10 bilhões de euros em transações financeiras. As infraestruturas submarinas críticas incluem conectores de eletricidade e dutos que fornecem petróleo e gás vitais para os países europeus.

Segundo Appathurai, os ciberataques, a desinformação e a interferência política russa estão aumentando “em maior escala do que era anteriormente. Há um novo apetite russo na campanha de sabotagem”, disse.

“Isso significa atentados incendiários, descarrilamento de comboios, ataques a propriedades de políticos, tentativas de assassinato, por exemplo, o chefe da Rheinmetal” o maior fabricante alemão de armas, que fornece à Ucrânia importantes cartuchos de artilharia de 155 mm.

O plano de assassinato do industrial foi frustrado pelos serviços secretos norte-americanos. Mas, fazia parte de um plano mais vasto para atingir os líderes da indústria de defesa que abastecem a Ucrânia.

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Guarda Costeira finlandesa investiga petroleiro russo perto de Porkkalanniemi
Guarda Costeira finlandesa investiga petroleiro russo
perto de Porkkalanniemi
A polícia finlandesa e os guardas de fronteira detiveram o petroleiro Eagle S. O navio navegava sob a bandeira das Ilhas Cook e faz parte da “frota fantasma” para ajudar a Rússia a escapar das sanções internacionais.

“Revistamos o navio, falamos com a tripulação e coletamos provas”, disse Robin Lardot, da agência nacional de investigação finlandesa pois o navio foi detido em águas territoriais finlandesas.

Em 25 de dezembro foi desconectada a conexão de corrente contínua EstLink 2 entre a Finlândia e a Estônia. As suspeitas rapidamente se concentraram no Eagle S, que havia partido do porto russo de São Petersburgo.

O governo da Estônia fez uma sessão de emergência sobre o incidente. Os petroleiros paralelos “estão ajudando a Rússia a obter fundos que ajudarão a seus ataques híbridos, disse a primeira-ministra Kristen Michal em entrevista coletiva.

“Os danos repetidos nas infraestruturas do Mar Báltico indicam uma ameaça sistémica, e não meros acidentes”, acrescentou o presidente da Estônia, Alar Karis, em X.

Hipótese semelhante de sabotagem foi levantada em novembro de 2023, depois de um gasoduto submarino entre a Finlândia e a Estônia ter sido danificado. A investigação policial finlandesa apontou a causa na âncora do porta-contentores New Polar Bear, que navegava sob bandeira de Hong Kong.

Por sua vez, o navio de carga russo “Ursa Major” afundou no Mediterrâneo depois que uma estranha explosão na sua casa de máquinas, anunciou o Ministério das Relações Exteriores da Rússia, noticiou “La Nación”.

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A catástrofe iminente dos cabos submarinos
A catástrofe iminente dos cabos submarinos
O navio, construído em 2009, era controlado pela Oboronlogistika, empresa que faz operações de construção militar do Ministério da Defesa da Rússia e que já dizia ao porto de Vladivostok, no extremo leste da Rússia, com dois gigantescos guindastes portuários.

A Oboronlogistika e a SK-Yug, empresas proprietárias e operadoras do navio, foram sancionadas pelos EUA em 2022 pelos seus laços com os militares russos.

O navio fora filmado previamente inclinando-se fortemente para estibordo, e mais provavelmente se dirigia a Tartus para evacuar equipamento militar.

O Serviço de Resgate Marítimo da Espanha recebeu um sinal de socorro do “Ursa Maior” quando estava a 92 quilômetros de Almeria.

A tripulação disse que o navio transportava contentores vazios, e dois guindastes portuários. Após os barcos de resgate chegou um navio de guerra russo e assumiu as ações, no âmbito da Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar.

Assim, o “Ursa Maior” foi ao fundo do mar sem revelar tudo o que levava.



“Estamos convidando a III Guerra Mundial” a Europa, alerta general francês

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A Europa está 'convidando Rússia à III Guerra Mundial'
A Europa está 'convidando Rússia à III Guerra Mundial'
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Luis Dufaur
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O general Michel Yakovleff, até pouco chefe do Estado-Maior de um dos três quartéis-generais da OTAN, depôs na TV francesa LCI que na Europa reina um silêncio ensurdecedor enquanto lhe tremem as pernas. Assim está convidando a Rússia para provocar a Terceira Guerra Mundial.

Os líderes políticos europeus falam de linhas vermelhas que não permitirão que o Kremlin transgrida, mas não fazem nada diante das transgressões constantes de Putin. Agindo assim “o convidamos à agressão todos os dias”.

Não basta fazer o suficiente esforço em matéria orçamental em favor do exército, continuou.

O mais importante é promover um esforço social para tirar a população europeia do estado de espírito pacifista voltado exclusivamente para o bem-estar.

Segundo o general, a sociedade europeia, e não apenas a francesa, deve perceber não só que a guerra regressou ao continente, mas que o alvo de Putin não é apenas a Ucrânia mas é toda a Europa.

“A Ucrânia é um pretexto, o alvo somos nós”, insistiu. O establishment político e econômico forjou a narrativa de que avançaríamos numa sempre e nova constante escalada da felicidade.

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O Kremlin sacrifica imensa quantidade de homens enquanto os políticos europeus só pensam no bemestar
O Kremlin sacrifica imensa quantidade de homens
enquanto os políticos europeus só pensam no bem-estar
Foi uma perspectiva enganosa e “precisamos acordar já” dela, explicou. A União Europeia “só precisa de uma classe política mais consciente”, prosseguiu.

Mas, nenhum membro da classe política francesa está no modo de despertar. Eles continuam a discutir coisas mesquinhas, despreocupados com o que estava acontecendo ao seu redor.

“Sinto que estou gritando no deserto, mas não sou o único, agora precisamos de uma mudança de cultura”, explicou o experimentado general.

Os iranianos fornecem mísseis balísticos à Rússia e os norte-coreanos lhe fornecem soldados enquanto os europeus continuam tomados pela “falta de reação” psicológica.

O general Yakovleff alertou para o início de “uma nova etapa na internacionalização do conflito”. E não é uma mudança na lógica de Putin.

Se a Ucrânia cair sofrer uma catástrofe os russos virão molhar suas botas nos rios da Europa.

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O verdadeiro objetivo de Putin não é a Ucrânia, é dominar a Europa 1280
O verdadeiro objetivo de Putin não é a Ucrânia, é dominar a Europa
Dizem que Donald Trump abandonaria a Ucrânia. Se for assim, Putin avançará sobre a Polônia, os países bálticos e a Escandinávia.

Putin quer sobre tudo que a NATO entre em colapso sem o financiamento americano.

Nesse dia, quando não houver mais NATO, a Europa não terá mais garantias coletivas e Putin poderá intimidar a cada um dos países do continente sem aplicar muita força militar.

Pedirá à Estônia ou à Finlândia, mesmo à Alemanha, simplesmente uma submissão um por um, sem necessidade de uma invasão física.

E Donald Trump disse coisas muito claras aos europeus: ou assumem suas despesas ou a NATO está acabada.

Os processos de rearmamento europeu começaram após décadas de contração dos respectivos exércitos e esses agora estão tão baixo que seu primeiro objetivo é evitar mais afundamentos.

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OTAN  'linhas vermelhas' não passam de lindas palavras,  que não são levadas a sério
OTAN:  'linhas vermelhas' não passam de lindas palavras,
que não são levadas a sério
“A verdade é que o barco continua a afundar”
, a França é uma exceção mas, o que está fazendo é preencher lacunas cinco anos antes do que os outros.

“Nós, franceses, estamos falando de rearmamento, de novos equipamentos, de desenvolvimento industrial armamentista, mas os outros países ainda não estão falando nem em rearmamento”, voltou a alertar.

Putin vem semeando a desunião dos europeus desde 2014. A esperança está num despertar para as manobras que o Kremlin. Esse manipula nos países europeus forças políticas que se dizem “conservadoras”, mas que trabalham em seu favor.

Aliás como fez Hitler na II Guerra Mundial.



Agentes de Putin estimulam o caos global

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Putin por trás de onda de atentados no Ocidente
Putin por trás de onda de atentados no Ocidente
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Luis Dufaur
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Ken McCallum, chefe da MI ('MI5, a agência de segurança interna e contrainteligência da Grã-Bretanha’) alertou que como produtos da ameaça representada pela Rússia “nós vimos incêndio, sabotagem e muito mais: ações perigosas conduzidas com crescente imprudência”, registrou uma longa e documentada reportagem da revista “The Economist” de Londres.

“O GRU (agência russa de inteligência militar) em particular, prosseguiu está desenvolvendo uma missão contínua para gerar caos nas ruas britânicas e europeias”, disse McCallum.

As outras agências de inteligência europeias estão igualmente preocupadas, acrescentou.

Em 14 de outubro, Bruno Kahl, chefe de espionagem da Alemanha, disse que as medidas secretas da Rússia haviam chegado a um “nível anteriormente invisível”.

Em seu apoio, Thomas Haldenwang, chefe dos serviços de inteligência domésticos da Alemanha, confirmou aos legisladores germanos que um ato russo de sabotagem quase causou um acidente de avião no início deste ano, e advirtiu que o “comportamento agressivo” dos espiões russos estava colocando vidas em risco.

A atividade de sabotagem aumentou com a guerra da Rússia na Ucrânia e foi num crescendo de agressão, subversão e intromissão em outros lugares. Em particular, na Europa cresceu dramaticamente.

“Vemos atos de sabotagem acontecendo na Europa agora”, disse por sua vez o vice-almirante Nils Andreas Stensones, chefe do Serviço de Inteligência da Noruega.

E Sir Richard Moore, o chefe do MI 6, a agência de inteligência estrangeira da Grã-Bretanha, colocou mais francamente: “Os serviços de inteligência russos foram um pouco selvagens, francamente”.

Os homens do Kremlin atentam contra interesses ocidentais emvários estados africanos. Os serviços de segurança da Polônia detetaram que hackers russos já tentaram paralisar o país nas esferas política, militar e econômica.

Os propagandistas russos, agindo em outra frente de ataque, têm bombeado desinformação em todo o mundo.

As forças armadas de Putin querem colocar uma arma nuclear em órbita. A política externa russa há muito alimenta o caos. Agora parece apontar para pouco mais.

Em abril de 2024, a Alemanha prendeu dois cidadãos germano-russos enquanto planejavam ataques contra instalações militares americanas e outros alvos instruídos pela GRU.

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Ken McCallum, chefe da contraespionagem inglesa nos vemos atentados e sabotagens perigosas com crescente imprudência'
Ken McCallum, chefe da contraespionagem inglesa:
nós vemos atentados e sabotagens perigosas com crescente imprudência
No mesmo mês, a Polônia prendeu um homem que ia passar informações para o GRU sobre um centro de armas para a Ucrânia.

E, no mesmo mes, a Grã-Bretanha prendeu vários homens por um ataque incendiário a uma empresa de logística de propriedade ucraniana em Londres. Eles seriam agentes do Grupo Wagner, agora sob o controle do GRU.

Em junho, a França prendeu um russo-ucraniano ferido enquanto montava uma bomba em seu quarto de hotel em Paris.

Em julho, descobriu-se que a Rússia havia conspirado o assassinato de Armin Papperger, chefe da Rheinmetall, a maior empresa de armas da Alemanha.

Em 9 de setembro, o tráfego aéreo no aeroporto de Arlanda, em Estocolmo, foi fechado por mais de duas horas depois que drones foram vistos sobre as pistas. “Foi um ato deliberado”, disse um porta-voz da polícia.

Por sua vez, autoridades americanas alertam que os navios russos estão mapeando os cabos subaquáticos dos quais dependem a comunicação ocidental.

A Rússia também procura agitar com golpes de guerra psicológica. Por exemplo, a inteligência francesas diz que a Rússia despachou caixões envoltos na bandeira francesa com a mensagem “Soldados franceses da Ucrânia” encontrados na Torre Eiffel em Paris.

Muitas dessas ações visam atiçar a oposição à ajuda à Ucrânia. Mas outras se destinam simplesmente a ampliar divisões de todos os tipos na sociedade, mesmo sem ligação com a guerra.

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Thomas Haldenwang, da Alemanha ' o 'comportamento agressivo' dos espiões russos coloca vidas em risco'
Thomas Haldenwang, da contraespionagem da Alemanha:
o 'comportamento agressivo' dos espiões russos coloca vidas em risco'
A França diz que o Kremlin promoveu um grafite de 250 estrelas de David nas paredes de Paris para alimentar o antissemitismo a propósito do conflito Israel-Hamas.

Em abril, hackers ligados ao GRU teriam manipulado sistemas de controle de centrais de água potável nos EUA e na Polônia.

Os esforços cibernéticos do GRU, não visam só a espionagem, mas também “daninficar a reputação” e destruir dados.

Oficiais do GRU foram instruir os houthis, grupo islâmico que ataca navios no Mar Vermelho, e lhes ofereceu armas. Putin visa estender a guerra da Rússia de forma mais ampla.

“Putin tenta nos atingir em todos os lugares”, argumenta Fiona Hill, que foi a principal autoridade no Conselho de Segurança Nacional dos EUA, a respeito da Rússia. A estratégia se condensaria na frase “tudo em todos os lugares ao mesmo tempo”.

Em maio, Avril Haines, diretor de inteligência nacional dos EUA, chamou a Rússia de “a ameaça externa mais ativa às nossas eleições” acima da China ou do Irã.

Não se tratava apenas de tentar moldar a política dos Estados Unidos sobre a Ucrânia, Moscou quer “um meio de derrubar os EUA” que ela tem em conta de adversário primário.

Em julho, as agências de inteligência americanas estavam vendo “a Rússia atingir dados demográficos dos eleitores, promover narrativas divisivas e denegrir políticos específicos”.

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Os atentados e sabotagens no Báltico estão recrudescendo
Os atentados e sabotagens no Báltico estão recrudescendo
Esses esforços são geralmente brutos e ineficazes, comentou “The Economist”, mas não por isso não deixam de deixar prolíficas e intensas sequelas.

Em setembro, o Departamento de Justiça dos EUA condenou dois funcionários da RT, uma mídia controlada pelo Kremlin que regularmente vomita teorias da conspiração sinistras. Eles teriam pago US $ 10 milhões à Tenet Media, empresa do Tennessee para produzir quase 2.000 vídeos no TikTok, Instagram, X e YouTube. O Departamento também apreendeu 32 domínios de internet controlados pelo Kremlin, projetados para imitar sites de notícias legítimos.

A CopyCop, rede de sites, pega artigos de notícias legítimos e usou o Chat GPT, um modelo de IA, para reescrevê-los.

Mais de 90 artigos franceses foram modificados com o alerta: “Por favor, reescreva este artigo tomando uma posição conservadora contra as políticas liberais do governo Macron em favor dos cidadãos franceses da classe trabalhadora”.

As campanhas de desinformação russas não são novas, reconhece Sergey Radchenko, historiador da política russa, apontando episódios como o memorando de Tanaka, uma falsificação soviética usada para desacreditar o Japão em 1927.

Também houve tropas soviéticas lutando no Iêmen, disfarçadas de egípcias, no início dos anos 1960, e os antecessores e sucessores da KGB mataram muitas pessoas no exterior, de Leon Trotsky a o ex-espião Alexander Litvinenko.

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As artérias informáticas e energéticas ocidentais estão sendo alvejadas
As artérias informáticas e energéticas ocidentais estão sendo alvejadas
A parte genuinamente nova, diz Radchenko, “é que, antes as operações apoiavam a política externa, mas hoje são a política externa”. A acao atual lembra mais a política externa niilista de Mao durante a Revolução Cultural da China do que o pensamento da União Soviética na guerra fria. Hill a define assim: “é Trotsky sobre Lênin”.

Putin abraça essas ideias. “Estamos provavelmente na década mais perigosa, imprevisível e, ao mesmo tempo, mais importante desde o fim da Segunda Guerra Mundial”, disse o ditador no final de 2022. Na ocasião, ele invocou um artigo de Lenin em 1913 preparador da Revolucao bolchevista: “esta é uma situação revolucionária”.

“Neste momento, há mudanças como as que não vemos há 100 anos”, disse Xi Jinping a Putin em 2023 em Moscou, “e somos nós que impulsionamos essas mudanças juntos”.

A estratégia conjunta se apresenta como quem “não se considera um inimigo do Ocidente... e não tem más intenções”, mas de fato é o contrário. E atiça uma “campanha de informação ofensiva” nas “esferas militares-políticas, econômicas e informacionais-psicológicas” para “enfraquecer os adversários da Rússia”.

Essa estratégia da Rússia não é imparável e até fracassou em alguns países. A subversão russa pode ser interrompida, diz Sir Richard, identificando os oficiais de inteligência e os representantes criminais por trás dela.

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Moscou por trás das sabotagens no Mar Báltico usando uma 'frota fantasma'. Mais ataques no Ocidente seriam 'iminentes'
Moscou por trás das sabotagens no Mar Báltico usando uma 'frota fantasma'.
Mais ataques no Ocidente seriam 'iminentes'
Acresce que a Rússia depende cada vez mais de criminosos porque espiões russos mais qualificados foram expulsos em massa da Europa. E a Rússia dá sinais de desespero, diz McCallum.

Putin está verdadeiramente impulsionado por um espírito revolucionário, convencido de que o Ocidente é um edifício podre, isso sugere que ousará cruzar “linhas vermelhas” nos meses à frente.


Sacerdote bielorrusso condenado por criticar ditador putinista local

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Padre Henrykh Akalatovich preso por criticar Lukashenko
Pe Henrykh Akalatovich preso por criticar Lukashenko
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Luis Dufaur
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O Pe. bielorrusso Henrykh Akalatovich, de 64 anos foi condenado a 10 anos de prisão acusado de alta traição por criticar publicamente o governo comunista subserviente do ditador Putin através do ditador local Alexander Lukashenko posto em funções em 1994, há mais de três décadas por Moscou, segundo se depreende de informações de “Infovaticana”.

Esta é a primeira vez que um membro do clero católico recebe uma sentença de prisão desde a queda da Uniao Soviética e a tapeativa “independência” da Bielorrússia em 1991.

Na Bielorrússia, a luta contra a fidelidade à Igreja Católica se desenvolve num contexto de intensificação da repressão política, acentuada pela perspectiva de eleições presidenciais nas quais o ditador Lukashenko garantu um sétimo mandato, com clamorosas fraude, como de costume.

Segundo o Centro de Direitos Humanos de Viasna, o Pe. Akalatovich foi incluído na lista de 1.265 figuras políticas do país opostas ao regime putinista.

A organização denunciou que a sentença buscava intimidar os demais padres, que ouviam uma das poucas vozes críticas ao regime partindo do Pe. Akalatovich.

Ele ficou famoso por seus sermões críticos pronunciados em sua paróquia em Valozhyn, no oeste do país, e que adquiriram merecida repercussão no país.

O sacerdote foi detido em novembro de 2023. Acontecia que lhe fora diagnosticado câncer e passou por uma cirurgia, o que aumentou a preocupação geral sobre sua saúde na prisão.

Desde que foi detido pela polícia política que conserva o nome de KGB, modelada pelo sinistro homólogo de Moscou, ele ficou incomunicável, e as autoridades prisionais foram forçadas a armazenar as roupas e alimentos que seus admiradores lhe enviavam.

O porta-voz da Viasna, Pavel Sapelka, descreveu a sentença como uma tentativa de “silenciar e intimidar” dissidentes, especialmente em um momento crucial para o futuro político do país.

O Pe. Henrykh engrossou a legião dos dissidentes mártires que sofrem nas prisões putinistas.



Confissões de soldados norte-coreanos escravizados

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Primeiro soldado norte-coreano feito prisioneiro
Primeiro soldado norte-coreano feito prisioneiro
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Milhares de soldados norte-coreanos voltaram a seu país deixando os corpos de muitas centenas, ou milhares, de colegas abandonados nos campos da Rússia.

Muitos deles se suicidaram temendo que suas famílias fossem punidas com campos de concentração caso se soube que foram feitos prisioneiros, mostrou uma reportagem do “The New York Times International Weekly”.

As tropas norte-coreanas estavam sofrendo pesadas baixas em uma guerra estrangeira travada em território desconhecido, enquanto seu governo mantinha seu povo na ignorância da tragédia.

Memorandos encontrados no corpo de soldados norte-coreanos mortos indicaram que o governo tinha instado tropas muito doutrinadas a acabar com suas vidas antes de serem capturad0s.

Um soldado norte-coreano ia se explodir com uma granada, gritando o nome do ditador norte-coreano Kim Jong Un, quando tropas ucranianas atiraram nele, disseram testemunhas.

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Prisioneiros norte-coreanos não querem voltar. Se feridos, russos e colegas os assassinam
Prisioneiros norte-coreanos não querem voltar.
Se feridos, russos e colegas os assassinam
Deitado numa cama com ambas as mãos envoltas em bandagens, um dos dois prisioneiros de guerra norte-coreanos contou que foi enviado para a frente e lhe disseram apenas que iriam “treinar”.

Quando perguntado se queria voltar para casa, respondeu: “Eu quero viver aqui” (Ucrânia)

O outro balançou a cabeça quando perguntaram se sabiam onde estava.

O vídeo “mostrou que as tropas norte-coreanas estão sendo desperdiçadas como bucha de canhão” disse Kang Dong-wan, especialista em Coreia do Norte na Universidade Dong-A, na Coreia do Sul.

Os dois prisioneiros pertenciam ao braço de inteligência do exército norte-coreano o governo prometeu tratá-los como “heróis”, disseram legisladores sul-coreanos.

Os soldados estavam fazendo ataques imprudentes sem apoio de artilharia.

O ditador comunista teria recebido bilhões de dólares em petróleo e armas em troca de tropas para a Rússia, de acordo com analistas e autoridades sul-coreanas.

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Intervenção de tropas norte-coreanas foi catastrófica
Intervenção de tropas norte-coreanas foi catastrófica
Mas a mobilização foi tão apressada que os soldados norte-coreanos entraram na guerra mal preparados especialmente para ataques de drones.

Ao expor o rosto de um soldado norte-coreano e seu desejo de permanecer na Ucrânia, sua segurança ficou em risco, caso seja devolvido à Coreia do Norte, onde seria visto como um traidor.