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Patriarca de Moscou recebe como paga um jato de guerra SU-35

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SU-35: não é presente para um líder religioso piedoso.  Mas sim para um agente do serviço secreto.
SU-35: não é presente para um líder religioso piedoso.
Mas sim para um agente do serviço secreto.
O patriarca Kiril, líder da igreja cismática “ortodoxa” de Moscou, ganhou um jato de guerra SU-35. O caríssimo presente lhe foi dado, teoricamente, pelos operários da fábrica que produz esse engenho de morte.

O líder religioso tinha ido abençoar a fábrica militar e os operários, segundo informou o site oficial de sua igreja, citado pela agência Reuters.

Segundo a Reuters, outra é a verdadeira causa do custosíssimo e extravagante presente.

O presidente Putin está usando intensivamente a imagem do chefe cismático para estimular o povo a se esforçar mais pela política imperialista militar que promove.

E como Kiril está se comportando bem no serviço que presta ao amo do Kremlin, está sendo bem pago.

“A Rússia não pode ser vassala”, teria pregado Kiril aos operários, segundo a agência estatal RIA Novosti. “Porque a Rússia não é só um país, mas toda uma civilização com um milênio de história, uma mistura cultural de enorme poder”, teria dito esse patriarca e ex-agente da sinistra KGB, onde ficou conhecido como agente “Mikhailov”. Cfr. Wikipedia)

Ele incitou os operários a trabalharem mais e melhor, “com o objetivo de nos permitir viver uma vida soberana, e para isso devemos, se necessário, ser capazes de defender a nossa pátria”.

As palavras chegaram no momento em que Vladimir Putin promove a guerra contra a Ucrânia a sua invasão.

O alinhamento do patriarcado de Moscou com as vontades supremas de Putin visa reescravizar os países que jaziam outrora sob a bota da União Soviética. E, para isso, a “igreja ortodoxa russa” é um instrumento necessário para lograr 165 milhões de russos e povos de antigas repúblicas soviéticas.

Kiril é uma peça importante na montagem putiniana de uma rede planetária de "companheiros de viagem".
Kiril é uma peça importante na montagem putiniana
de uma rede planetária de "companheiros de viagem".
Para os críticos, a Igreja Ortodoxa Russa age como um ministério de Putin, inclusive em áreas não religiosas como as Relações Exteriores, fornecendo garantias ‘morais’ e ‘religiosas’ aos golpes do chefe do Kremlin.

Kiril perdeu a fidelidade da grande maioria dos seguidores do patriarcado de Moscou na Ucrânia após a autocriação do patriarcado de Kiev, o qual se cindiu do de Moscou com a independência da Ucrânia.

Após a guerra do Kremlin contra a soberania ucraniana, dezenas de paróquias que outrora obedeciam a Moscou estão passando para o patriarcado de Kiev.

A soldadesca que alimenta a rebelião do leste ucraniano vem sendo denunciada repetidamente por representantes de várias confissões do clero local. A causa são as violências e os crimes praticados para forçar a população a aderir ao mal visto patriarcado de Moscou.


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A queda do muro de Berlim tornou impossível aos socialistas se dizerem defensores dos pobres

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O Muro de Berlim e sua continuação, a Cortina de Ferro,
mantinham presos milhões de europeus miserabilizados e desesperados

Plínio Corrêa de Oliveira à TVE (da Espanha), 3-2-1990*


O comunismo tentar ressurgir metamorfoseado e encarnado em Vladimir Putin, de um lado.

Por outro lado, a Teologia da Libertação tenta se recompor. A periclitante “companheira de viagem” do também vetusto comunismo recebe aplicações de autoridades eclesiásticas para ver ela recupera ares de 'jovem'.

Uma das consequências desses retornos está sendo o abuso ideológico da temática da pobreza, que o macrocapitalismo publicitário leva ao centro do noticiário.

Um exemplo característico disso ocorreu em larga medida no Encontro Mundial de Movimentos Populares reunido pelo Vaticano no mês de outubro deste ano (2014).

Nele, o líder marxista do MST João Pedro Stédile chegou a declarar:“Nós, marxistas, lutamos junto com o papa para parar o diabo”. E em tom leninsta acrescentou: “o capital financeiro, os bancos, as grandes multinacionais. Os “inimigos do povo” são esses. Como diria o papa, esse é o diabo”.

Os berlineses tentaram todas as formas de fuga da horrível miséria socialista
Os berlineses tentaram todas as formas de fuga da horrível miséria socialista
Nesse sentido o líder revolucionário recomendou o discurso do Pontífice Francisco I para dito Encontro dizendo:

“O papa deu uma grande contribuição, com um documento irrepreensível, mais à esquerda do que muitos de nós”. Cfr: Instituto Humanitas Unisinos.

De fato o Papa Francisco I, em seu discurso chegou a dizer, entre muitas censuras à economia ocidental baseada na propriedade privada e na livre iniciativa:

“É estranho, mas se falo disso para alguns significa que o Papa é comunista”.Veja o texto completo em Instituto Humanitas Unisinos.

O que pensar dessa exploração atual da pobreza no momento atual?

O Professor Plínio Corrêa de Oliveira, embora muito contraditado pelos setores comuno-progressistas do Brasil, foi na sua longa vida um incontestado conhecedor do comunismo e de seus “companheiros de viagem”.

Poloneses fazendo longas filas para obter magros alimentos racionados
Poloneses fazendo longas filas para obter magros alimentos racionados.
Por ocasião da comemoração da feliz derrubada do Muro de Berlim, o Instituto Plínio Corrêa de Oliveira, republicou declarações que parecem feitas para esclarecer o dia de hoje.

Copiamos a seguir:



Repórter:Doutor, o Sr. crê que com a queda do Muro de Berlim, com a derrubada do socialismo real na Europa do Leste, a influência do comunismo na América Latina baixará? Que pensa o Sr. que vá ocorrer em face desta mudança que há na Europa?

Plinio Corrêa de Oliveira: Há um fato para o qual a imprensa brasileira; mas também a européia, na medida em que tenho tido tempo de a ver; não tiveram a atenção bastante fixada, e que é o seguinte:

Até aqui o comunismo se apresentava como uma luta reivindicatória dos pobres contra os ricos.

Paulo VI recebe o chanceler soviético Andrei Gromyko. A Ostpolitik vaticana silenciou a pobreza extrema que padeciam centenas de milhões de pessoas sob o comunismo
Paulo VI recebe o chanceler soviético Andrei Gromyko.
A Ostpolitik vaticana silenciou a pobreza extrema que padeciam
centenas de milhões de pessoas sob o comunismo
Francisco I cumprimenta ao líder marxista João Pedro Stedile, no Encontro Mundial de Movimentos Populares, Vaticano, outubro 2014. Stédile prega um regime miserabilista análogo ao que vigorou na falida ex-URSS e vigora plenamente em Cuba.
Francisco I cumprimenta ao líder marxista João Pedro Stedile,
no Encontro Mundial de Movimentos Populares, Vaticano, outubro 2014.
Stédile prega um regime miserabilista análogo ao que vigorou
na falida ex-URSS e vigora plenamente em Cuba.

Agora, com a queda do Muro, acaba havendo o fato de que se torna evidente que para além dele há uma pobreza e uma miséria que é terrível, e que torna impossível que os comunistas se apresentem como defensores dos pobres contra a miséria.

Pelo contrário, organizam um movimento que faz com que a miséria dos pobres se estenda como um polvo, para dominar e incluir todos, e todo o mundo ficar pobre. Portanto, o aspecto da luta comunismo x anticomunismo tem que mudar.

Os comunistas precisam explicar; depois da experiência terrível de setenta anos de um regime, o câncer devorador socioeconômico, que reduz a Rússia a uma situação que vemos.

Por que durante todo esse tempo, eles que viam dentro de casa essa miséria, eram partidários da expansão dela pelo mundo inteiro?

Enquanto isto não se explicar, nós nem sequer sabemos com quem estamos lutando. Ora, eles não mostram nenhuma vontade de explicar isso.

Falando com cordial franqueza, penso que os meios de comunicação teriam grande vantagem em acentuar esse ponto.

Ponto sensacional!

Não os vejo muito apressados em pôr isso em relevo.

Monumento às vítimas do comunismo no cemitério de Cracóvia
(Polônia, 2 de novembro de 2014
Enquanto não houver isso, o comunismo não tem sequer com o que se apresentar.

É como um falido que tem um processo de ação por ter levado a própria empresa à falência, mas que organiza uma propaganda mundial para que as outras empresas sigam os mesmos processos dele.

O que é isso?

Está um pouco enérgico e um pouco enfático o meu modo de falar. Tenho vagas gotas de sangue espanhol nas veias.

No tempo dos Áustrias, o Brasil foi unido a Portugal e por aí governado pelos Reis da Espanha. Houve muito espanhol aqui em São Paulo. Eu descendo desses espanhóis. Desta maneira sou um pouco enfático.

Mas o meu pensamento é este.

*) Fonte: trecho da entrevista concedida à TVE (da Espanha), 3-2-1990; Para ler o texto integral desta entrevista, basta clicar aqui


Video: Fuga da miséria e da opressão socialista através do Muro de Berlim




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“O Titanic está afundando”, adverte bispo ucraniano

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Catedral católica de rito latino da Assunção de Nossa Senhora, na diocese de Kharkiv-Zaporizhia
Catedral católica de rito latino
da Assunção de Nossa Senhora,
na diocese de Kharkiv-Zaporizhia

Mons. Jan Sobil, bispo-auxiliar de Kharkiv-Zaporizhia, do rito latino, afirmou que os católicos locais estão espantados com a aparente indiferença dos cristãos de outras regiões do país, segundo o Serviço de Informação Religiosa da Ucrânia – RISU.

“É como se o Titanic estivesse afundando [e] as pessoas da vizinhança tocassem música e se divertissem”, declarou.

Em entrevista à Rádio Maria, Dom Jan Sobilo exortou os católicos de toda Ucrânia a sacrificar sua diversão habitual para jejuar e rezar.

“Nas cidades ocupadas pelos mercenários, as igrejas católicas do rito latino estão abertas, mas não há Missas devido ao perigo”, disse. Os sacerdotes vão visitando as paróquias e, onde há condições, celebram esporadicamente a Missa, como acontece nos tempos de perseguição.

“Nas cidades sob controle de militares mercenários, atualmente não há padres. Eles estão visitando as paróquias onde é possível celebrar Missa”.

Na cidade de Kramatorsk a igreja do Espírito Santo foi danificada durante os combates.

Na cidade de Mariupol, em território livre ucraniano, os católicos do rito latino estão ativamente engajados nos preparativos de defesa da cidade contra um ataque das tropas russas que pode acontecer a qualquer momento a despeito das promessas dos agentes do Kremlin.

Milicianos a serviço da Rússia lutam pelo plano que visa afundar Ocidente
Milicianos a serviço da Rússia lutam pelo plano que visa afundar Ocidente
A mensagem do bispo é válida não somente para a Ucrânia, mas também para o mundo inteiro. O Titanic que afunda é uma fiel imagem da situação do mundo.

E o apelo à penitência, ao abandono das diversões fáceis e levianas, já foi feito por Nossa Senhora em Fátima.

Mas, pelo visto, não ele foi muito ouvido. Por isso o Titanic está cada vez mais perto de desaparecer no frio da morte, num oceano de indiferença e de pecado.


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Rússia pensa isolar seus cidadãos da Internet “capitalista”

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O Conselho de Segurança da Rússia está temendo algum movimento de contestação em grande escala, do gênero do que se deu em Hong Kong.

As manifestações contra Putin e a guerra na Ucrânia soaram o alarme.

E o governo russo, que atribui 90% de popularidade a seu chefe supremo, estaria preparando um plano de emergência.

Segundo a BBC, o plano considera aproximar-se o momento em que a população sentirá falta de muitas benesses importadas, que não mais o serão devido às sanções da União Europeia e dos Estados Unidos à invasão russa da Ucrânia.

O porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, não quis reconhecer os temores do Kremlin em relação à população russa, e apelou ao velho truque dos ditadores: inventar uma ameaça externa.

Ele justificou mais medidas de repressão à cidadania afirmando que recentes ações dos Estados Unidos e da Europa “foram marcadas pela imprevisibilidade, e precisamos estar prontos para qualquer coisa”.

Por sua vez, o ministro das Comunicações, Nikolai Nikiforov, confirmou que o país está fazendo planos e levantou uma ponta do véu.

“Estamos trabalhando em cenários nos quais nossos parceiros subitamente decidam nos cortar a Internet”, explicou.

Porém, o que de fato acontece é que o Kremlin já está cortando o acesso dos cidadãos russos à Internet, a fim de abafar a dissidência.

E excogita agora um plano mais radical: especialistas entrevistados pelo site de notícias russo Vedomosti afirmaram que o órgão federal Rossvyaz poderia assumir o controle dos domínios da Internet, como aqueles terminando em .ru ou .rf.

Se as redes sociais e os bancos de dados estão em via de sujeição total ao regime, agora seria a vez de todos os provedores em território russo.

A radicalização do controle da rede na Rússia afetaria as relações com a organização norte-americana ICANN, que rege internacionalmente os domínios da Internet.

Desta maneira, a Rússia prepara-se para desligar os internautas da rede mundial, pondo a culpa nos EUA.

O ministro Nikiforov afirmou que seu ministério realizou exercícios com o Ministério da Defesa e o FSB (polícia política russa), preparando um cenário no qual a Rússia se desligue da Internet atual e passe a funcionar sob o controle absoluto do sistema de repressão.

Keir Giles, especialista em segurança cibernética de Londres, afirmou que o FSB recebeu novos poderes de vigilância da Internet. Contribuíram para isso as delações do analista americano Edward Snowden sobre o funcionamento do serviço de informações dos EUA.

De acordo com o site de notícias russo Gazeta.ru, o Kremlin visa mudar características das conexões de Internet no país para impedir fugas virtuais.

A ditadura orwelliana está se tornando oficial na “nova URSS”, aliás tão desprovida de tecnologia como a velha URSS.


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Rádio que denunciava o comunismo passa da incompreensão ao louvor

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Quando até altos líderes católicos acreditavam no 'fim do comunismo',
a Rádio Svoboda continuou transmitindo
para países sob um comunismo em metamorfose
Luis Dufaur


A Radio Free Europe, também conhecida como Radio Liberty, – ou Radio Svoboda, em russo –, é uma emissora americana que há 25 anos desempenhou um papel relevante na queda do comunismo na Europa Oriental.

Posteriormente, pareceu destinada ao ocaso pelo ilusório desaparecimento do perigo soviético.

Porém, ela hoje está mais ativa do que nunca. O perigo nunca desapareceu; pelo contrário, incubou-se astutamente, mudou os rostos, metamorfoseou-se, e agora está voltando, talvez mais ameaçador do que antes.

Entrementes, antigos “companheiros de viagem” da falida URSS, bem instalados na mídia, nos púlpitos e nos governos, sopraram que o comunismo tinha morrido.

E um número incontável de ingênuos acreditou nesse cântico adormecedor, baixou a guarda e deixou de pensar no assunto.

Nos ambientes católicos, onde deveria manter-se alerta o espírito de defesa da religião, perseguida e humilhada durante décadas, muitas pessoas ficaram tomadas pelo torpor.

Agora, após a entrada astuciosa, mas beligerante, de Vladimir Putin em cena, muitos desses ingênuos ou colaboracionistas, que não perceberam a manobra da metamorfose ou agiram como se ela não existisse, acordam desconcertados diante do velho monstro que reaparece para devorá-los.

A Radio Liberty instalada em Praga, continuou, porém a emitir para os países ex-soviéticos, onde a liberdade de imprensa nunca voltou à normalidade básica. E hoje é uma fonte de referência mundial.

“Nós estamos de volta graças a Vladimir Vladimirovitch Putin, porque as pessoas compreenderam subitamente que aquilo que nós fazemos é muito importante”, disse à agência AFP Nenad Pejic, um dos dois principais chefes da rádio.

Nenad Pejic, um dos dois principais chefes da rádio
Nenad Pejic, um dos dois principais chefes da rádio.
“Nós lançamos por volta de sessenta programas na Ucrânia, alguns visando a Crimeia, outros o leste do país (...) montamos um estúdio de TV em Kiev e criamos uma sólida estrutura lá”, conta Nenad Pejic.

“Em novembro de 2013, a Radio Svoboda transmitiu em direto as manifestações na Praça Maidan em Kiev”, disse a chefe do serviço ucraniano, Maryana Dratch.

Durante o período de metamorfose do comunismo, a referida rádio sofreu cortes orçamentários importantes. Agora, pelo menos os setores ligados à crise ucraniana, estão sendo reforçados. De fato, o “comunismo 2.0” ficou evidente com a invasão da Ucrânia pela Rússia.

Por ocasião da brutal anexação russa da Crimeia, a rádio criou um site Internet para aquela península em três línguas: russo, ucraniano e tártaro.

Apenas no mês de agosto, o site em ucraniano recebeu 7,4 milhões de visitas e cadastrou 2,3 milhões de usuários.

No dia 20 de fevereiro 2014, data do massacre dos manifestantes, as visitas atingiram 1,5 milhão, sinal do apoio e do interesse de incontáveis pessoas que acordavam para o velho urso atacando.

A Radio Svoboda foi fundada em Munique durante a Guerra Fria, mudando-se para Praga em 1995. Ela emite para 21 países em 28 línguas e emprega perto de 1.200 jornalistas, distribuídos entre a sede central e 19 escritórios no exterior.

Vladimir Putin com vicepresidente dos EUA Joe Biden,
ele próprio da esquerda católica
que fingiu acreditar na 'morte do comunismo'
Seus jornalistas estão tendo muito que sofrer.

“Durante a guerra russo-ucraniana, nós vimos na Rússia uma espécie de histeria patriótica. Até ouvintes habituais começaram a nos enviar comentários muito desagradáveis”, relatou Pejic. Mas a rádio estava na boa direção.

Seus repórteres foram “agredidos, assediados nos locais e viveram seus mais duros momentos. Alguns foram sequestrados em Kiev, Kharkiv, Donetsk e na Crimeia”, contou Dratch, que nasceu em Kiev.

“Nossos principais correspondentes no leste da Ucrânia tiveram que fugir de Donetsk e Luhansk. Agora temos uma rede de cidadãos-jornalistas que fornecem informações desde os locais controlados pelos separatistas”, acrescentou.

O chefe da redação na Crimeia foi forçado a exilar-se, após sofrer ameaças que lembravam os tempos da KGB, a temível polícia secreta soviética.

Hoje, “primeiro te chamam para declarar, depois vêm as ameaças verbais, mas se eles veem que continuas, eles vão ameaçar tua mãe, teu pai. E ali é muito duro”, explicou Nenad Pejic.

O primeiro ministro ucraniano, Arseni Iatseniouk, durante uma recepção em Kiev para comemorar o 60º aniversário da rádio, fez dela um alto elogio: “Impérios desabaram, muros caíram, ditadores desapareceram, mas a Radio Svoboda existe e continuará a existir, como a liberdade”.

Como teria sido glorioso que elogios análogos pudessem ser feitos a associações católicas, eclesiásticas ou civis, e sobretudo a hierarcas católicos que sabiam e podiam fazer um trabalho semelhante em nome de um mais alto princípio: a Fé de Jesus Cristo!

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Rússia: a corrupção a serviço de um plano de dominação de tipo soviético

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Os macro-oligarcas saíram da KGB ou da nada.  Critério unificador: fidelidade de escravo  ao cidadão supremo da nova-URSS
Os macro-oligarcas saíram da KGB ou da nada.
Critério unificador: fidelidade de escravo
ao cidadão supremo da nova-URSS
Luis Dufaur


Um reduzido e ultra-seleto grupo de macro-oligarcas russos apossou-se da economia do país graças às dádivas de Vladimir Putin, noticiou pormenorizada reportagem do “The New York Times”.

Esses partidários incondicionais do amo do Kremlin não receberam gratuitamente suas fortunas, muitas vezes bilionárias. Eles são instrumentos fiéis da rede de aço com que Putin jugula a Rússia.

A filosofia dessa macro-oligarquia é “ele [Putin] deu e ele tirou”, segundo Mikhail Kasyanov, ex-primeiro-ministro de Putin. “Eles dependem de Putin, e Putin depende deles”.

Após servir cinco anos como agente da KGB na Alemanha Oriental, com o descalabro da URSS, Putin foi chamado para um comitê de relações econômicas externas e, depois, para a prefeitura de São Petersburgo.

Ali ele começou a montar a rede de novos empreendedores, regulando o comércio e distribuindo contratos para obras e serviços na cidade. Seus procedimentos geraram protestos e até tentaram depô-lo, mas nada deu certo.

Entre os novos empreendedores que Putin protegia estava Matthias Warnig, ex-agente da Stasi (polícia secreta da Alemanha Oriental) e fundador de um dos primeiros bancos estrangeiros da cidade, o Dresdner.

O Banco Rossiya é uma das peças chaves para jugular a economia a serviço do czar da "nova URSS". Sede de São Petersburgo
O Banco Rossiya é uma das peças chaves para jugular a economia
a serviço do czar da "nova URSS". Sede de São Petersburgo
Putin, na realidade, estava estruturando as bases de seu futuro despotismo restaurador das glórias sinistras da URSS.

Contratos e bens eram distribuídos em acordos fechados com informações privilegiadas, muitas vezes sem licitação aberta ou transparente.

O caso do banco Rossiya é apenas um exemplo entre muitos outros. Fundado em 1990 pelo Partido Comunista local, ele estava praticamente falido.

Em dezembro de 1991, Kovalchuk e um grupo de amigos de Putin o compraram. E a prefeitura, nas mãos do ‘patrão’, levantou-o através da abertura de grandes contas.

Os ativos do Rossiya se multiplicariam por dez no segundo mandato de Putin (2004-2008). O gás, o petróleo, os trens, os fundos de pensão, os maiores jornais e emissoras de TV e rádio russos, tudo foi caindo na rede com vocação de ditadura e em mãos obedientes e cegas.

“A primeira meta foi conquistar o controle da mídia”, explicou Roman Pivovarov, analista da mídia russa. “O quadro hoje é claro: a grande mídia pertence ao círculo de pessoas que controlam não apenas a política, mas a economia da Rússia”.

Putin astutamente não estatizou toda a economia: suas vítimas teriam suspeitado que voltava ao comunismo. Mas a concentrou nas mãos da onipotência do chefe supremo do Kremlin. Como outrora...
Putin astutamente não estatizou toda a economia:
suas vítimas teriam suspeitado que voltava ao comunismo.
Mas a concentrou nas mãos da onipotência do chefe supremo do Kremlin.
Como outrora...
Putin anunciou que depositaria seu salário oficial de R$ 18.750 mensais no Rossiya. O gesto valeu ao banco uma enxurrada de clientes. Muitos pobres acreditaram que pelo menos esse banco não iria falir.

Putin instruiu o Banco Central para dar assistência ao Rossiya. Empresas energéticas estatais, em mãos de fiéis de Putin, transferiram suas contas para lá, e os governadores de São Petersburgo e região mandaram as instituições estatais de suas jurisdições fazerem o mesmo.

Até quando durará esse embuste coletivo? O Rossiya foi alvo das punições econômicas do Ocidente por causa da invasão da Ucrânia.

Mas, para Putin, o banco é mais um instrumento de opressão. Se os cidadãos russos afundarem na mais negra miséria, o ditador supremo assistirá impassível ao espetáculo das multidões famélicas.

Sua maior preocupação consistirá então apenas em saber se os grilhões dos escravos continuam implacavelmente apertados.


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Putin elogia em público aliança entre Hitler e Stalin

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Assinatura do pacto Ribbentrop-Molotov
aliança entre a Alemanha de Hitler e a União Soviética.
Stalin sorri sob a foto de Lenine.


Não há segredo, mas houve muita ocultação nos manuais ocidentais de história: Hitler e Stalin foram grandes aliados e desencadearam conjuntamente a II Guerra Mundial.

E, em certo sentido, essa aliança, aparentemente rompida no transcurso da guerra, nunca deixou de funcionar. E perdura como se nunca tivesse sido quebrada.

Mas muitas pessoas no Ocidente foram enganadas por uma propaganda e uma visualização confusa dos fatos.

Agora o presidente russo Vladimir Putin acaba de reafirmar – mais uma vez, aliás – a simpatia de Moscou pelo tratado de não-agressão de 1939 entre os dois ditadores europeus.

Com o cinismo e a sem-cerimônia que lhe são peculiares, Putin eximiu a URSS de culpa pela invasão da Polônia e responsabilizou os britânicos pelas atrocidades praticadas por Hitler com a colaboração dos soviéticos e dos partidos comunistas do Ocidente.

Putin convocou diversos pesquisadores e acadêmicos para produzir trabalhos defendendo que ao assinar o Pacto Ribbentrop-Molotov, também conhecido como Pacto Hitler-Stalin, a URSS não fez nada de mau.

A reunião com os acadêmicos foi referida pelo site alemão Spiegel Online, pelo The New York Times e pelo diário britânico The Telegraph, citados pela radio oficial alemã “Deutsche Welle”.

Putin declarou que toda pesquisa digna de crédito deveria chegar à conclusão de que o acordo entre os dois ditadores era parte dos métodos de política externa da época. Obviamente, o historiador que não demonstrar isso perderá crédito e sua carreira estará liquidada na “nova URSS”.



“A União Soviética assinou um tratado de não-agressão com a Alemanha. As pessoas dizem: 'Ah, isso é ruim.' Mas o que há de ruim no fato de a URSS não querer lutar?”, sofismou o líder russo.

Putin queixou-se de que a potência russa é acusada de ter dividido a Polônia. Mas, segundo ele, quando a Alemanha atacou o país, os poloneses faziam parte da Checoslováquia. Se alguém entendeu a lógica do argumento, por favor, avise.

Para ele, segundo “The Telegraph”, o acordo nazi-comunista foi no fundo bem feito pela Rússia e acabou sendo bom.

Moscou negava cinicamente a existência do pacto Ribbentrop-Molotov até 1989. Mas não adiantou silenciar a verdade ovante.

Assinado pelo ministro do Exterior do Terceiro Reich, Joachim von Ribbentrop, e pelo seu homólogo soviético Viatcheslav Molotov, o tratado garantia à Alemanha que a URSS permaneceria neutra no caso de uma ofensiva contra a Polônia.

Em 2009, na cerimônia pelos 70 anos do início da Segunda Guerra Mundial, em Gdansk, Putin já havia tentado defender o Pacto entre Hitler e Stalin.

Parada conjunta da Wehrmacht e do Exército Vermelho
comemora a invasão vitoriosa da Polônia, em Brest.
General alemão Heinz Guderian e brigadeiro russo Semyon Krivoshein.
O acordo com a Alemanha hitlerista permitiu a invasão conjunta nazi-soviética da Polônia que foi o estopim da II Guerra. Mas Putin fugiu pela tangente alegando que não foi a única causa e, tal vez não teve culpa nenhuma.

Putin repete o velho realejo comunista anti-capitalista: a culpa pelas atrocidades de Adolf Hitler é dos capitalistas e dos anglo-saxões.

De fato, em 1938, os governos amolecidos da Inglaterra, a Itália e a França assinaram o vergonhoso Acordo de Munique, em que entregaram os pontos diante da Alemanha nazista.

Mas houve pessoas ilustres até no Brasil como Plinio Corrêa de Oliveira que execraram esse acordo.

O próprio Putin lembrou no encontro com os historiadores, que o futuro primeiro-ministro britânico Winston Churchill censurou o Acordo de Munique dizendo: “Agora a guerra é inevitável”.

Na verdade, a famosa apóstrofe de Churchill, em 3 de outubro de 1938, foi mais incisiva: “Tínheis que optar entre a guerra e a vergonha. Escolhestes a vergonha e tereis a guerra”.

É o que muitos pretensos defensores de Ocidente parecem fazer hoje, ao contemporizar com Vladimir Putin e com suas invasões de países vizinhos!


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Rússia brinca com a morte nos céus da Europa

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O todo-poderoso chefe do Kremlin anunciou em início de dezembro que as operações da força aérea russa redobrarão em intensidade e ousadia, em resposta ao que ele inventou chamar de provocação do Ocidente na Ucrânia.

Coincidindo com o anunciado por Putin, um F-16 norueguês quase colidiu no ar com um MIG 31 russo que lhe cortou repentinamente a trajetória enquanto voava no norte de Noruega.

O Ministério da Defesa nórdico publicou a gravação da manobra que qualificou de “indesejável”, noticiou o jornal espanhol “El Mundo”.

No vídeo o piloto norueguês chega a gritar “Meu Deus!”, e vira para evitar a colisão. “Não é um comportamento normal por parte do piloto russo”, disse Bryndar Stordal, porta-voz das forças armadas norueguesas.

O MIG flagrado pela câmera do jato norueguês.
O MIG flagrado pela câmera do jato norueguês.
Segundo o secretário geral da OTAN, Jens Stoltenberg, mais de 400 vezes aviões ocidentais levantaram voo em 2014 para interceptar e desviar aviões de guerra russos que invadiam ou avançavam rumo ao espaço aéreo de países europeus, dando sinais preocupantes.

O número de ocorrências foi 50% maior que o de 2013.

Uma das características desses voos russos é a utilização de medidas eletrônicas para cegar os radares dos ‘adversários’ ou alvos potenciais.

A European Leadership Network – ELN, rede sediada em Londres para fornecer apoio aos responsáveis políticos europeus, mostrou o perigo desses voos que cegam, noticiou “Il Corriere della Sera”. 

Um caso típico aconteceu em 3 de março de 2014, mas que só agora foi revelado. O voo comercial da SAS com 132 passageiros, que partiu de Copenhague com destino a Roma, esteve a poucos metros de uma catástrofe.

Enquanto voava sobre águas internacionais perto de Malmoe, na Suécia, encontrou-se subitamente com um avião russo de guerra eletrônica – provavelmente um Ilyushin-20M – e só a rapidez e a perícia do piloto evitaram o desastre.

A colisão foi evitada quando os aviões estavam a 90 metros, muito abaixo da distância mínima de segurança.

Um Ilyushin 20M, avião de guerra eletrônica, quase provoca a catástrofe
Segundo o ELN, “desde a anexação da Criméia pela Rússia a intensidade e a gravidade dos incidentes envolvendo centrais de inteligência e forças militares ocidentais e russas aumentaram visivelmente”.

Isso significou vários “quase impactos”, porque os aviões russos – de caça ou de reconhecimento – desligam o transponder e não comunicam a sua posição a outros aviões voando na mesma região.

O ELN também citou outros incidentes, como o submarino russo identificado no largo de Estocolmo e o sequestro por agentes russos de um agente de segurança estoniano através da fronteira.

“Escaramuças” como a sucedida há pouco com o avião norueguês já somam cerca de 40. Três delas foram qualificadas “de alto risco”, tendo podido fazer vítimas ou gerar uma confrontação militar.

Segundo o ELN, “a combinação da atitude russa mais agressiva e a prontidão das forças ocidentais demostrando resolução, aumenta o risco de uma escalada não desejada”, havendo perigo de os fatos saírem do controle.

O relatório da ELN leva o título Dangerous Brinkmanship e foi assinado por Thomas Frear (ex-membro do Russian Institute of Oriental Studies de Moscou), Łukasz Kulesa (ex-responsável do Projeto para a Não Proliferação de Armas, da Polônia) e Ian Kearns (cofundador do ELN e ex-responsável pela Comissão para a Segurança Nacional do Reino Unido).



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Santo Natal e Feliz Ano Novo 2015!

Astúcia de um ex-coronel da KGB e ingenuidade (?) do arcebispado de Paris

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Propaganda viperina de Moscou no Natal visa atrair 'companheiros de viagem'
Propaganda viperina de Moscou
no Natal visa atrair 'companheiros de viagem'

O ex-coronel da polícia política soviética KGB e agora chefe máximo do Kremlin continua com sua sutil ofensiva para angariar novos “companheiros de viagem” para derrocar o regime de propriedade privada e livre iniciativa ocidental.

No Natal, Putin soube aproveitar astutamente uma singular oportunidade. Esta lhe foi oferecida pelo arcebispado de Paris, que monta todos os anos uma grande e bela árvore de Natal diante da catedral Notre-Dame, especialmente visitada nessa época.

Mas como as arcas desse arcebispado não vivem seus melhores momentos, ele foi à busca de patrocinadores para a árvore de Natal.

E apesar de não faltarem franceses capazes de corresponder a este gesto, ainda que por interesse comercial, e entre eles muitos produtores de árvores natalinas, que as vendem aos milhões em cada Natal, a preferência do arcebispado parisiense incidiu sobre a oferta caída como que angelicamente do Céu das mãos do embaixador do ex-coronel da KGB.

Os jornais de Paris “Le Monde” e “Le Figaro” anunciaram a surpreendente escolha num momento que as tensões entre a OTAN e Moscou envolvem o governo socialista filo-russo da França. Notadamente, a decisão eclesiástica entra em conflito com as sanções internacionais visando o fim dos crimes internacionais da Rússia contra a soberania dos vizinhos e contra a paz na Europa.

A Rússia reclama a entrega de um porta-helicópteros francês de última geração, o Mistral, mas a OTAN nega a autorização enquanto durar a agressão russa à Ucrânia.

E eis que o astuto chefe da “nova URSS” excogita este golpe de propaganda e o arcebispado parisiense se presta com uma ingenuidade que raspa no colaboracionismo ou no suicídio.

“Será a primeira vez na história de Paris em que a árvore de Natal vem da Rússia”, orgulhou-se Alexandre Orlov, o embaixador de Putin. Uma placa foi posta junto ao pé do pinheiro, a fim de surtir o maior efeito propagandístico — ou, na interpretação do arcebispado, para agradecer ao “generoso” doador.

A embaixada russa, segundo France TV, fez questão de convocar os jornalistas acreditados em Paris para garantir o golpe de propaganda favorecedor daquele que quer restaurar as ‘grandezas’ da velha URSS.

Mons. Patrick Jacquin, reitor da catedral Notre Dame, aceita a "mão estendida" do Kremlin, e abre uma ponte para os crimes contra o Direito Internacional perpetrados pela Rússia:

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Retrospectiva 2014: o ano em que fanou a imagem de Vladimir Putin

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O passado glorioso dos mártires cristãos inspirou a reação ucraniana
O passado glorioso dos mártires cristãos inspirou a reação ucraniana


Na passagem de 2013 para 2014, vivia-se na Praça Maidan, da capital ucraniana, um clima nobremente condizente com o passado glorioso dos mártires cristãos e oposto ao da conciliação da Igreja com os seus inimigos.

Sob um frio de muitos graus negativos, bispos e sacerdotes dos ritos greco-católico e latino sustentavam espiritualmente a resistência dos ucranianos que não queriam o retorno de um comunismo metamorfoseado na fachada, mas igual na essência; daquele comunismo que tentou liquidar na Ucrânia a Igreja Católica e que exterminou pela fome milhões de camponeses pobres.

Em barracas transformadas em capelas e sob a égide de uma imagem de Nossa Senhora de Fátima, esses sacerdotes católicos rezavam a Missa, batizavam, confessavam, não raras vezes sob as balas e os ataques da polícia do regime pró-Rússia (“La Croix”, 17-1-14).

No final de fevereiro, o centro de Kiev assemelhava-se mais a um campo de batalha, com franco-atiradores assassinando dezenas de manifestantes entrincheirados que pediam a queda do presidente Viktor Yanukovich, longa manus do Kremlin.

No palanque dos resistentes à “nova URSS” havia imagens de Jesus Cristo, de santos e da Virgem Maria (OESP, 20-2-14). De Roma, porém, não vinham as palavras proporcionadas ao drama em andamento.

Incapaz de dobrar o patriotismo ucraniano pelo sangue e pela violência, Yanukovich fugiu em um helicóptero fornecido pela Rússia.

Na alegria geral, foram sendo derrubadas as estátuas de Lenine
Enquanto isso, na alegria geral, derrubavam-se em cidades ucranianas as estátuas de Lenine, fundador da URSS.

Um governo pró-ocidental assumiu provisoriamente o poder até as eleições gerais que consagraram o atual presidente Petro Porochenko e um novo Parlamento, o qual se aproximou dos países livres do ocidente.

Em represália, o chefe do Kremlin ordenou a invasão da Crimeia, península da Ucrânia, primeiro com soldados sem identificação e depois com tropa de choque pesadamente armada.

Sob a mira de fuzis, um “plebiscito” aprovou a anexação da Crimeia pela Rússia. Mas os números da consulta foram truncados, segundo fonte oficial russa, e os países e organismos internacionais sérios não lhe reconheceram a validade.

Apenas um grupo de “companheiros de viagem” ocidentais convalidou a farsa.

O mundo então se viu subitamente à beira da III Guerra Mundial, segundo analistas qualificados. Separatistas locais, agitadores russos e milícias internacionais fartamente armados proclamaram a secessão das regiões de Donetsk e Lugansk, na fronteira com a Rússia.

Esses agitadores se apossaram de prefeituras, delegacias e prédios do governo em outras cidades do leste ucraniano, mas Kiev dominou a maioria das sublevações, salvo nas regiões mencionadas, onde grassa uma guerra separatista que já ceifou milhares de vidas e ameaça envolver países vizinhos.

Separatistas reforçados por mercenários e militares russos
Separatistas reforçados por mercenários e militares russos
Como na Criméia, os sacerdotes católicos foram perseguidos, presos, torturados e enviados ao exílio, as religiosas fugiram e os templos foram transformados em quarteis.

Em agosto, quando era iminente o fim da secessão, o governo russo enviou à Ucrânia um pseudo-comboio “humanitário” de caminhões militares pintados de branco, mas quase vazios.

Além da propaganda, o comboio teria servido para levar apetrechos aos separatistas, saquear fábricas estratégicas e recolher centenas de corpos de soldados russos mortos na Ucrânia, cuja perda o Kremlin não queria reconhecer.

O “comboio humanitário” precedeu uma invasão militar que forçou o retrocesso do exército ucraniano.

Apesar de o número de mortos superar 4.000 pessoas, incluindo unidades russas inteiras, Moscou classificava de fantasiosas as denúncias de sua participação militar.

Quando prisioneiros russos foram apresentados à imprensa, Moscou justificou-se despudoradamente, declarando que eles haviam se extraviado junto à fronteira.

Um cessar-fogo foi obtido em 5 de setembro e devia estabelecer uma “área de exclusão” de armas pesadas, mas ele foi vago e pouco respeitado.

Durante esse armistício relativo, o número dos mortos em combate ascendeu a mil, a Rússia introduziu grandes contingentes de milicianos ilegais, blindados, armamentos pesados e milhares de soldados.

Putin na crise do rublo
Putin na crise do rublo
E multiplicou as ameaças prometendo usar armas nucleares contra países ex-membros do Pacto de Varsóvia, que hoje participam da OTAN e da UE.

Em novembro era evidente que o frágil cessar-fogo servira apenas para preparar uma guerra que, segundo a OTAN, poderia ser “total”. Unidades da Aliança Atlântica foram transferidas para a Lituânia e a Polônia, países mais visados na fronteira com a Ucrânia.

Em 21 de setembro, dezenas de milhares de moscovitas descontentes com a guerra realizaram uma grande passeata, bradando “Putin, chega de mentiras!” e “Não à guerra na Ucrânia” (AFP, 21-9-14).

Em meados de dezembro, o desabamento do rublo e da cotação do petróleo, somado à carestia dos alimentos, coloca em xeque a estabilidade econômica e social da Rússia.

Os separatistas ucranianos, temendo o fim de seu financiamento por Putin, chegaram a acenar com um acordo em que renunciariam à independência em troca de vantagens locais e procederam a uma troca de prisioneiros.

(Excertos de “2014: Na orla da III Guerra Mundial?” publicado na revista CATOLICISMO, janeiro de 2015, http://catolicismo.com.br/)


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Retrospectiva 2014: assoma a III Guerra Mundial?

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A criminosa derrubada do voo MH17 da Malaysia Airlines
mudou a atitude do Ocidente face às provocações da "nova-URSS"

Em 17 de julho, o voo comercial MH17 da Malaysia Airlines com 298 pessoas a bordo foi derrubado por um míssil disparado por baterias pró-russas.

O crime foi agravado pela sabotagem em relação às equipes internacionais que procuravam encontrar os restos mortais das vítimas, entre as quais muitas crianças.

Os atropelos dos russos, tornaram-se então evidentes. (Le Monde, 22-7-14) e suas declarações foram qualificadas de “teia de mentiras” (The Economist, 26-7-14).

Mas essas evidências não o detiveram, antes reforçaram a propaganda pró-Rússia empreendida por “companheiros de viagem” no Ocidente.

Sob roupagem religiosa “ecumênica”, o Patriarcado cismático de Moscou tentou obter do Vaticano e do Ocidente a submissão dos greco-católicos da Ucrânia e sua ‘reinserção’ no cisma de Moscou.

Despropositadas exigências nesse sentido foram expressas pelo metropolita russo Hilarion, representante do Patriarcado de Moscou, durante o Sínodo dos Bispos em Roma, ao qual foi convidado pelo Papa Francisco Bergoglio para tratar de outros assuntos.

As advertências feitas pela OTAN à Rússia por causa da invasão da Ucrânia não impressionaram o Kremlin.

As potências ocidentais aplicaram então o uso de sanções econômicas limitadas, mas suficientes para abalar a combalida economia russa.

Teste com novo míssil nuclear intercontinental: mais uma ameaça contra os EUA
Teste com novo míssil nuclear intercontinental:
mais uma ameaça contra os EUA
Como revide intimidatório, Moscou ordenou o teste de um novo míssil nuclear intercontinental portador de bombas atômicas cem vezes mais potentes que a de Hiroshima.

Em novembro, a OTAN já havia registrado mais de 400 violações do espaço aéreo europeu por bombardeiros russos.

No fim do ano, enquanto a Rússia anunciava voos de patrulhamento até o Golfo do México e o Caribe, um misterioso submarino russo emergia em águas territoriais suecas.

E uma frota de guerra ia até a Austrália com o pretexto de acompanhar o líder supremo russo em sua viagem para reunião do G-20. Depois ela seguiu para as Filipinas.

No G-20, líderes ocidentais, como os primeiros-ministros da Austrália, do Japão e do Canadá, bem como a chanceler da Alemanha, cobraram de Putin a retirada de suas mãos da Ucrânia. Magoado, ele abandonou o encontro antes de seu término.

A Nova Guerra Fria estava instalada, dando forma a uma fase da incipiente III Guerra Mundial.

Em 9 de novembro, o Mundo Livre comemorou a queda do Muro de Berlim e relembrou as incontáveis vidas ceifadas pela ditadura soviética além da Cortina de Ferro.

Soldados russos reencenam a tomada do Reichstag durante parada na Praça Vermelha: o recado de Putin: pode voltar a acontecer
Soldados russos reencenam a tomada do Reichstag durante parada na Praça Vermelha:
o recado de Putin: pode voltar a acontecer
No mesmo dia, Putin presidia uma agressiva parada militar na Praça Vermelha de Moscou, evocando a partida do exército soviético para a II Guerra Mundial, conflito que teve como desfecho a entrega de metade da Europa à URSS em Yalta e a ereção em Berlim do sinistro Muro da Vergonha.

Tropas com uniformes de época encenaram o assalto ao edifício do Parlamento de Berlim em chamas, no ano de 1944.

A mensagem foi clara: o governo russo está disposto a uma análoga ofensiva se assim convier ao amo do Kremlin.

(Excertos de “2014: Na orla da III Guerra Mundial?” publicado na revista CATOLICISMO, janeiro de 2015, http://catolicismo.com.br/)


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Lituânia torna-se independente do gás russo

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Início das remessas de LNG no porto de Klaipeda. Lituânia se torna independente do gás russo
Início das remessas de LNG no porto de Klaipeda.
Lituânia se torna independente do gás russo


A Lituânia comemorou como um passo histórico para se livrar da dependência do gás russo e das extorsões de que era objeto no tocante a esse produto, a inauguração do terminal de Gás Natural Liquefeito – LNG no porto de Klaipeda.

O cargueiro LNG Arctic Aurora, com capacidade para 155.000 metros cúbicos de gás liquefeito, descarregou o primeiro envio comercial desse gás fornecido pela empresa norueguesa Statoil, segundo noticiou LNG World News. 

Em outubro, foi feita uma primeira entrega em Klaipeda, porém ainda em fase de teste. Na ocasião, veio da Noruega o navio Golar Seal, capaz de transportar 160.000 metros cúbicos de gás liquefeito.

O início do transporte regular de gás marca uma nova era para a Lituânia, que fica independente do gás russo e das arbitrariedades agressivas de Vladimir Putin.

A presidente da Lituânia, Dalia Grybauskaitė, declarou que, se for necessário, o terminal LNG de Klaipeda poderá cobrir 90% das necessidades de gás da Lituânia, Estônia e Letônia, que até o presente dependiam 100% do gás da Rússia.

Em Moscou, os estrategistas da “nova URSS” ficaram em silêncio, roendo os dedos de contrariedade.

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A Hungria se afasta de Putin

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Regimento húngaro em cerimônia de boas-vindas ao presidente dos EUA
Regimento húngaro em cerimônia de boas-vindas ao presidente dos EUA


O primeiro-ministro húngaro Viktor Orban vinha se aproximando da Rússia de Putin.

Não faltavam motivos: a União Europeia hostiliza sistematicamente a Hungria por causa de sua Constituição e de suas leis protetoras da vida, da família e das tradições históricas e religiosas magiares.

Por outro lado, Putin fazia sua a frase bíblica sobre os filhos da iniquidade: “Dextera eius repleta es muneribus” (Salmo 25:10 “sua mão direita está repleta de dinheiro”).

Putin oferecia sedutores apoios financeiros a Budapest, entre eles um gigantesco empréstimo de $14 bilhões de dólares.

O povo húngaro sabe do que valem as promessas
dos agentes formados no comunismo.
Populares observam tanque russo destruído em 1956.
Porém, a perigosa aproximação do premier Orban do líder do Kremlin não estava sendo bem vista pelos setores mais sadios da opinião pública húngara.

Esta é muito cônscia de sua independência e sabe o que valem as promessas feitas por homens formados no comunismo soviético.

A comemoração do 25º aniversário da queda do Muro de Berlim permitiu avaliar o quanto a opinião pública húngara é adversa à ideia de uma aproximação com Moscou.

Orban não demorou em acertar o passo.

No fim de novembro, segundo a agência Bloomberg, ele enviou sinais diferentes: assumiu a defesa da integridade territorial da vizinha Ucrânia, declarou afinidade com a política externa alemã hoje em tensão contra a Rússia, e visitou tropas da OTAN estacionadas na Lituânia.

O lado econômico não esteve ausente.

A Alemanha é o maior investidor na Hungria, além de imenso investidor na Rússia.

Ela anunciou que vai ‘remapear’ suas aplicações em território russo em função da crise ucraniana.

O premier húngaro começou então a criar distâncias em relação a Putin e a ampliar suas relações com a Alemanha.

Soldados húngaros descem de helicóptero americano
durante manobras na Croácia
“Orban deu uma virada de 180º em relação à Ucrânia”, disse Manuel Sarrazin, líder do grupo germano-magiar no Parlamento de Berlim.

“Ele percebeu, com alguma insistência de Merkel, que havia subestimado seriamente” o conflito, e que também “havia subestimado Merkel e a posição que a Europa está assumindo seguindo a ela”.

O resultado é que, enquanto se afastava de Putin, que até recentemente qualificou a Hungria de “parceiro chave”, Orban aplicou tempo e esforço para lustrar a imagem da Hungria como membro da Europa e da OTAN.

Em 2013, mais da quarta parte dos investimentos diretos do exterior na Hungria proveio da Alemanha, segundo o Banco Central de Budapest.

A Rússia, que custa a se equilibrar economicamente, embora forneça 80% do gás consumido pelos húngaros, representou menos de 10% dos investimentos.

'Danke Ungarn' = 'Obigado Hungria': campanha promove a amizade germano-magiar.
Empresas como a Daimler e a Volkswagen ajudaram a economia húngara a crescer 3,9% no segundo trimestre de 2014, o maior crescimento em quase oito anos.

As empresas alemãs empregam mais de 300.000 pessoas na Hungria e investiram mais de 6 bilhões de euros desde 2010, segundo o ministro de Economia Mihaly Varga.

Orban visitou a Alemanha duas vezes em novembro e condecorou parlamentares alemães.

A Hungria também promoveu uma campanha de propaganda com o slogan “Danke Ungarn” ou “Obrigado Hungria”, relembrando que a decisão húngara de deixar passar pelas suas fronteiras cidadãos alemães orientais em gozo de férias precipitou a queda do Muro de Berlim.

Orban aproveitou uma visita a tropas da OTAN na Lituânia para declarar que a Hungria não quer mais ter fronteiras comuns com a Rússia, após quatro décadas de padecer como satélite soviético.

E aumentou em até 2% do PIB as despesas com a defesa, explicando que as prioridades mudaram após a crise na Ucrânia.

Os patriotas húngaros arrancavam os símbolos comunistas
impostos na bandeira nacional.
Em lembrança, uma bandeira assim ondeia hoje
diante do Parlamento em Budapest.
“Temos grande interesse que a Ucrânia conserve sua soberania”, explicou num vídeo em sua página de Facebook. “Para isso nós vamos fornecer toda a ajuda que estiver ao nosso alcance”, acrescentou.

A mudança de retórica ficou notória. Após um censurável namoro com a “nova URSS” de Putin, o líder húngaro está na defensiva.

Falando para um conjunto de líderes étnicos húngaros de várias nacionalidades, Orban se justificou: “A questão não é de que lado a Hungria vai ficar, mas de que lado está o interesse nacional. Paz, energia, segurança e oportunidades comerciais. Isso é o que nós devemos visar”. E esses elementos não vêm da Rússia.

Língua de político não tem osso, mas o caso da Hungria de Orban mostra que a firmeza de Ocidente e a utilização sensata de seus imensos recursos são preciosas para conter o avanço ideológico oportunista e provocativo do ex-coronel da KGB.


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O trem russo do Apocalipse entrará em serviço em 2018

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Havia um trem interditado pelo Tratado de Desarmamento nuclear americano-soviético conhecido como START-II.

Mas ele foi novamente autorizado pelo Tratado sobre Reduções Estratégicas Ofensivas (SORT), assinado em Moscou pelos EUA e pela “nova Rússia” em 24 de maio de 2002.

O comboio em questão está camuflado de trem para passageiros ou carga, mas na realidade transporta mísseis atômicos intercontinentais que podem ser disparados a qualquer momento.

Putin está promovendo ativamente
o rearmamento nuclear intercontinental da 'nova-Rússia'
O trem circula permanentemente nos trilhos e em estações de uso civil. E ali cessam as aparências.

As exterioridades se abrem e um mecanismo põe em posição de disparo o engenho apocalíptico capaz de arrasar as maiores cidades americanas.

Ele já era operacional nos tempos da URSS e tornará a sê-lo a partir de 2018.

Segundo o blog Foxtrotalpha, especializado em defesa, o equilíbrio do terror deixará de ser um fato do passado e ingressará com seu aterrador espectro na Nova Guerra Fria.

Os vídeos disponíveis produzidos pela URSS mostram o “Sistema ferroviário de mísseis de combate”, nome que lhe atribui o exército russo, circulando entre trens comuns e num local inesperado, disparando seus engenhos mortais.

As vantagens para a Rússia são múltiplas e Putin não quer desaproveitá-las.

O sistema é muito mais barato do que submarinos ou bombardeiros equivalentes, aliás de qualidade muito discutível.

O 'Barguzin' fingindo ser civil
pode apagar milhões de vidas de 24 cidades
Se movimentado habitualmente, terá aparência de objetivo civil e o adversário deverá pensar duas vezes antes de tentar atingi-lo, pois muitas vidas inocentes podem ser apagadas.

Como fazem os terroristas do Hamas estabelecendo seus quartéis debaixo de casas habitadas por famílias, escolas, hospitais, ou prédios públicos.

Os vagões “Barguzin” (vento do leste que sopra no lago Baikal), codinome desse trem, se parecem com vagões frigoríficos comuns.

Já estão programados cinco trens, cada um dos quais será capaz de transportar seis mísseis RS-24 com quatro cabeças nucleares.

No total, 24 ogivas termonucleares em cada comboio, cada uma com o poder de apagar uma grande cidade da superfície do globo.

Teoricamente, é impossível interceptar o RS-24, pois ele voa a uma velocidade de MACH 20 e teria uma precisão na ordem de 50 metros após um voo de 10.000 quilômetros.

Segundo slate.fr, o trem patenteia a vontade russa de modernizar seu arsenal nuclear e de reinstalar o “equilíbrio do terror” apontado contra o Ocidente.

Também a “nova Rússia” está investindo em bombardeiros de longo alcance e em submarinos, estando os atuais muito desfasados face aos americanos.

O 'Barguzin' circula por estações e linhas férreas de uso civil
A economia russa está em queda livre e se prevê uma profunda recessão em 2015. Porém Vladimir Putin continua recuperando as velhas e imorais armas para atingir o antigo sonho da falida URSS marxista-leninista.

Sua estratégia é de Guerra Fria. No tempo dos sovietes, enquanto a população gemia de fome, os engenhos de morte saíam de sinistros laboratórios, mesmo a custos monstruosos.

E Putin talvez encontre no conflito externo o pretexto para reforçar seu regime interno de opressão e concretizar o sonho de Lênin e de Stálin.

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Putin volta a atacar na Ucrânia, mas a sedição crepita no interior russo

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Alvos civis atingidos em Mariupol.
Alvos civis atingidos em Mariupol.


Rebeldes pró-russos – que mal se distinguem dos soldados russos – lançaram uma ofensiva com foguetes GRAD contra o porto estratégico de Mariupol, no leste da Ucrânia sobre o Mar de Azov.

O ataque atingiu essencialmente alvos civis e fez pelo menos 30 mortos e 83 feridos.

A cidade, de 500.000 habitantes, é vital para dar vazão às exportações de aço e grãos ucranianos. Além do mais, se ela cair em mãos dos (pró-?) russos, permitirá a unificação do leste rebelde com a península da Criméia anexada ilegalmente pelo Kremlin.

Durante cerimônia num monumento às perdas (pró-?) russas em Donetsk, o líder rebelde Alexander Zakharchenko, citado pela agência russa RIA-Novosti, comemorou o ataque contra civis em Mariupol como sendo “a melhor homenagem aos nossos mortos”.

Zakharchenko foi encarregado de anunciar o plano de sitiar nos próximos dias a cidade de Debaltseve, no nordeste de Donetsk, informou a sempre previamente informada agência russa Interfax.

A escalada de ataques do lado (pró-?) russo foi acompanhada de diatribes de Vladimir Putin contra Kiev. Numa das mais hilariantes, ele acusou o exército ucraniano de ser a “Legião Estrangeira” da OTAN.

Como se um exército nacional lutando por seu país pudesse ser comparado a um regimento estrangeiro! Os estrangeiros, isso sim, são abundantes nas fileiras das unidades rebeldes e foram recrutados na Rússia.

Federica Mogherini, chefe da política externa da União Europeia, condenou o ataque a Mariupol.

A Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) comunicou o ataque ao Conselho de Segurança da ONU, que pediu que os responsáveis fossem entregues a um tribunal para serem julgados.

Rebeldes da autoproclamada República de Donetsk  foram rearmados pela Rússia
Rebeldes da autoproclamada República de Donetsk
foram rearmados pela Rússia
Obviamente, a Rússia não vai se entregar a si própria.

Falando um pouco utopicamente, a líder da União Europeia disse: “Eu apelo abertamente à Rússia para usar sua considerável influência sobre os líderes separatistas e cortar toda forma de apoio militar, político ou financeiro”, disse Mogherini.

Nos mesmos dias, foram flagrados grandes comboios de tanques russos de um modelo da Segunda Guerra Mundial, aparentemente ainda em uso, transferidos para Rostov, perto do leste ucraniano.

Em telefonema ao presidente ucraniano Viktor Poroshenko, o vice-presidente dos EUA, Joe Biden, condenou os ataques e a violência separatista.

E em Zurique, o secretário de Estado americano John Kerry disse que o ataque separatista foi ajudado pela “decisão perigosa e irresponsável [da Rússia] de reequipar os separatistas nas últimas semanas com centenas de novas peças de armamento avançado, incluindo sistemas de mísseis, artilharia pesada, tanques, veículos blindados e contínuo apoio de comando e controle”.

Moscou nega ter enviado tropas e armas à Ucrânia, apesar de o Ocidente considerar que esse é um fato irrefutável e de centenas de mães russas ainda reclamarem por seus filhos, provavelmente mortos nessa guerra.

O presidente ucraniano Poroshenko vem denunciando que ingressaram no país cerca de 9.000 soldados russos.

A necessidade de Putin de empolgar a queixosa e sofrida população russa contra um adversário comum – Ocidente e a Ucrânia – cresceu nas últimas semanas com as notícias de que Moscou estaria perdendo o controle sobre a Chechênia, segundo escreveu Michael Khodarkovsky, professor de História da Universidade Loyola, em Chicago.

Ramzan A Kadyrov: ambíguo homem de confiança de Putin está à testa de uma das Repúblicas mais díscolas da Rússia
Ramzan A Kadyrov: ambíguo homem de confiança de Putin
está à testa de uma das Repúblicas mais díscolas da Rússia
O presidente dessa região separatista muçulmana, Ramzan A. Kadyrov, nomeado por Vladimir Putin em 2007, promoveu uma manifestação em massa em Grozni, capital regional, contra os “inimigos do Islã”.

O pretexto é bem conhecido: “Charlie Hebdo” e suas sátiras contra Maomé.

Porém, Putin quer concentrar todas as religiões e todos os religiosos na Igreja Ortodoxa Russa, que está nas mãos de fiéis correligionários, oriundos também eles da polícia política soviética KGB, como o patriarca Kirill.

Os muçulmanos são um problema para o ditador monopolizador. Somam quase um sexto da população russa, e 2 milhões deles moram em Moscou.

A repressão da Chechênia muçulmana acabou num banho de sangue, e muitos ressentidos estão engrossando as fileiras do Estado Islâmico.

Por isso o Kremlin pôs igual culpa nos assassinos e nos assassinados, no caso do “Charlie Hebdo”.

Em quase uma década, o presidente regional Kadyrov usou métodos impiedosos de repressão contra qualquer oposição, islamita ou não.

Ele provou sua lealdade a Putin enviado “voluntários” chechenos sobretudo ao leste da Ucrânia, com duplo lucro: livrar-se de dissidentes perigosos e enviar bandidos belicosos para servir aos planos do líder máximo.

Mas sob sua direção formou-se um Estado islâmico dentro da Rússia.

A Chechênia está totalmente islamizada. As escolas públicas ensinam o Islã. Um juiz corânico administra justiça em cada comarca. Os tribunais da Sharia (lei islâmica) funcionam como tribunais do Estado.
Ramzan A Kadyrov dirige uma Chechênia cuja fidelidade a Moscou é uma incógnita
Ramzan A Kadyrov dirige uma Chechênia
cuja fidelidade a Moscou é uma incógnita

As mulheres andam cobertas em locais públicos e o álcool é proibido.

Kadyrov proclamou que a mulher é propriedade do homem e defendeu “assassinatos em nome da honra”, em obediência ao Corão.

Kadyrov também se gabou de que poderia levar um milhão de muçulmanos para protestar nas ruas de Moscou.

A mídia pró-Putin abafa as notícias da Chechênia e o Kremlin quer segurar o homem que devia integrar a Chechênia à Rússia, o qual, em vez disso, cria um Estado islâmico dentro da “nova URSS”.

Kadyrov é do partido de Putin, mas disse que a Sharia é a lei suprema. E Putin de momento se acomoda melhor com a Sharia do que com a liberdade de expressão. Mas, a lei suprema é ele, e mais nada.

Quanto durará esta contradição explosiva?

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“De novo... de novo ... de novo!” à beira do abismo

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F16 português intercepta Tu-95
F16 português intercepta Tu-95


De novo... de novo ... de novo! O locutor da Sky News sublinhou a incessante partida de caças da OTAN para afastar jatos de guerra russos que violam, ou ameaçam violar, o espaço aéreo europeu. Mais de 400 missões em menos de um ano!

Na sexta-feira, 12 de dezembro 2014, mais uma colisão de um voo comercial escandinavo com um avião de guerra eletrônica russo foi evitada por uma fração de segundos pela perícia do piloto europeu, noticiou 20minutes.fr.

O incidente aconteceu perto da cidade sueca de Malmoë, logo após o avião da SAS decolar do aeroporto internacional de Copenhague. A ocorrência, a segunda na área, foi denunciada por Johannes Hellqvist, porta-voz das forças armadas suecas.

A crispação é crescente com as violações dos espaços aéreos nacionais por aviões de guerra russos que voam com o transponder desligado e simulando operações de guerra, mais provavelmente para testar as defesas ocidentais.

No início da semana, a Lituânia pôs várias unidades de suas forças armadas em estado de alerta e anunciou compras extraordinárias de armamento ocidental.

Poucos dias antes, F-16 holandeses que fazem parte do corpo da OTAN para proteger os países bálticos interceptaram dois bombardeiros russos SU-34 sobre o espaço aéreo lituano, noticiou a agência EFE.

O ministro da Defesa da Polônia, Tomasz Siemoniak, denunciou pela TV N24 “uma atividade militar russa sem precedentes sobre o Mar Báltico”. A Polônia também procedeu a uma compra excepcional de armamento, pensando num eventual conflito com o vizinho vermelho.

Siemoniak descartou pôr de imediato o Exército polonês em estado de alerta, mas advertiu que “este tipo de tensão acumulada é má para as relações no Mar Báltico”. A tensão vem piorando desde o início da agressão russa à Ucrânia.






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Lituânia distribui manual de guerra para uma eventual invasão russa

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A presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite e o secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg visitam o centro de controle aéreo de Karmelava.
A presidente da Lituânia Dalia Grybauskaite e
o secretário geral da OTAN Jens Stoltenberg
visitam o centro de controle aéreo de Karmelava.


A Lituânia publicou um Manual de Sobrevivência para os cidadãos em caso de guerra e invasão do território nacional, à vista do crescente intervencionismo russo na Ucrânia e de suas ameaças contra os vizinhos bálticos.

“Conserve o domínio de si, não entre em pânico e não perca o raciocínio lúcido”, explica o manual. “Tiroteios junto à sua janela não são o fim do mundo”.

O Manual, enviado pelo Ministério da Defesa às livrarias e distribuído nas solenidades militares, instrui os lituanos a resistirem à ocupação estrangeira com manifestações e greves, “ou pelo menos fazendo pior seu serviço que de modo costumeiro”.

Forças Especiais da Lituânia. O país é pequenino mas disposto a se defender
Forças Especiais da Lituânia. O país é pequenino mas disposto a se defender
Em caso de invasão, diz o Manual, os lituanos devem se organizar por meio de Twitter e do Facebook, e tentar ciberataques contra o inimigo.


Juntamente com a Letônia e a Estônia, a Lituânia passou boa parte do século XX anexada à União Soviética, até obter a sua independência em 1991. Aderiu posteriormente à OTAN e à União Europeia.

Os lituanos estão cada vez mais preocupados com a Rússia. Uma das razões é o aumento da presença militar no enclave russo de Kaliningrado, que já atingiu 9.000 soldados e mais de 55 navios de guerra.

“Os exemplos da Geórgia e da Ucrânia, que perderam uma parte de seu território, mostra-nos que não podemos descartar uma situação semelhante aqui e que devemos estar preparados”, disse o ministro de Defesa Juozas Olekas à Reuters.

O exército lituano e sua força paramilitar de reserva vêm sendo incrementados desde a crise na Ucrânia.

O exército lituano é apoiado por unidades de voluntários
“Quando a Rússia começou sua agressão contra Ucrânia, na Lituânia nossos cidadãos compreenderam que nosso vizinho não é amigo”, acrescentou Olekas.

O governo também pensa em ordenar que no futuro todos os prédios passem a ter refúgios contra bombardeios em seus porões.

A Rússia anexou a península ucraniana da Crimeia e os governos ocidentais consideram que há provas esmagadoras de que ela está fornecendo tropas e armamentos aos separatistas pró-russos que tomaram conta de partes do leste ucraniano, fato que Moscou nega de modo insincero.

Operação “Anaconda” em 2014 foi treino conjunto de tropas de oito países da OTAN na Polônia. Ela visou uma eventual invasão não-convencional russa, como na Crimeia, ligada ao conflito ucraniano:






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Comemorações da queda do Muro de Berlim patentearam mal-estar com a "nova-URSS"

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Comemoração pela II Guerra Mundial em Moscou teve notas de revanchismo soviético
Comemoração pela II Guerra Mundial em Moscou
teve notas de revanchismo soviético


Putin procura, de modo sorrateiro ou provocador, segundo as conveniências e oportunidades, angariar a simpatia ou neutralizar pela intimidação os países que estariam na primeira linha de um hipotético conflito total com o Ocidente.

Trata-se especialmente dos países da orla do Báltico, das nações escandinavas bálticas e da Polônia, no norte da Europa. E dos países da Europa Central sem saída ao mar.

O 25º aniversário da queda do Muro de Berlim veio entrementes patentear que as opiniões públicas desses países estão mais preocupadas em relação ao perigo moscovita do que as tímidas atitudes de seus governos faziam pensar.

Estes perceberam que tinham que acertar o passo. A preocupação levou então os países do norte da Europa a assinar um acordo ampliando a cooperação contra a crescente atividade militar de Moscou.

O novo acordo foi lavrado num contexto de caças da OTAN interceptando aviões russos de diversos tipos voando no espaço aéreo da Estônia e da Lituânia.

Ministros da Defesa dos países nórdicos, do Báltico e da Grã-Bretanha intensificaram a troca de informações de inteligência e aumentarão os exercícios de suas Forças Aéreas em razão do aumento das tensões no leste da Ucrânia, noticiou “O Estado de S. Paulo” (14.11.2014).

Coro da frota russa do Báltico
Coro da frota russa do Báltico
O secretário da Defesa britânico, Michael Fallon, disse que a Rússia “tem violado as normas internacionais de aviação” e intimidado países enviando caças a regiões distantes, como Irlanda e Portugal.

A ministra da Defesa da Noruega, Inger Eriksen Soreide, anunciou que a cooperação de treinamento da Força Aérea entre a Finlândia, a Suécia e a Noruega será ampliada para a Dinamarca, cobrindo todo espaço aéreo nórdico.

“A agressão militar contra a Ucrânia foi antecipada por poucos dirigentes políticos. O tempo de alerta foi reduzido a praticamente zero”, declarou o ministro da Defesa da Estônia, Sven Mikser.

Na Europa central, a população tampouco está para muita conversa. Por ocasião do 25º aniversário da queda do comunismo em seu país, milhares de checos marcharam em Praga, exibindo cartões vermelhos como os do futebol para o presidente Milos Zeman, 70, acusado de ser excessivamente pró-russo.

Crítico das sanções à Rússia, Zeman não conseguiu discursar diante dos assobios e das vaias por ocasião da inauguração de um memorial do movimento anticomunista conhecido como Revolução de Veludo.

Degringolada do rublo criou temor de uma aventura externa para abafar o descontentamento interno
Degringolada do rublo criou temor de uma aventura externa
para abafar o descontentamento interno
A Abkhazia é governada desde os anos 90 por separatistas alimentados pela Rússia, e Moscou mantém tropas na região desde 2008. O acordo cria forças militares conjuntas da Rússia e da Abkházia, estabelecendo o domínio de facto do exército russo na região invadida.

Os cartazes diziam “Parem a Rússia!” e exibiam imagens riscadas de Putin. Muitos carregavam bandeiras dos EUA e da UE, e outros da Ucrânia, repudiando a anexação da Criméia e o apoio russo à insurgência no leste ucraniano.

Ele também ganhou um ovo, o qual acabou respingando no presidente da Alemanha, Joachim Gauck, presente à solenidade.

O aniversário da revolta de 1989 foi celebrado com velas acesas na capital e em várias cidades da República Checa, informou a “Folha de S. Paulo” (18.11.2014).

No Cáucaso, também houve notáveis manifestações coletivas contra a Rússia. Cerca de 30.000 pessoas protestaram na capital da Geórgia, Tbilisi, contra um acordo entre a Rússia e a província separatista Abkházia, segundo informações publicadas pelo “O Estado de S. Paulo” (17.11.2014).

Os manifestantes denunciaram o acordo como mais um passo para a anexação da região por Moscou.


Primavera de Praga 1968: cenas inesquecíveis que Putin pode voltar a tornar realidade e que os cidadãos checos não querem que se repitam:




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Minsk: acordo “pacificador” como outrora em Munique com Hitler!

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Putin: “eu não estou fazendo nada na Ucrânia!”
Putin: “eu não estou fazendo nada na Ucrânia!”



Os canhões não pararam de trovejar após a assinatura do “cessar-fogo” de Minsk, promovidos por Angela Merkel, François Hollande e Vladimir Putin.

O chefe supremo da “nova-URSS” tem folgadas razões para comemorar “sua” vitória, ou melhor, a claudicação dos líderes europeus.

Os EUA não cessaram de denunciar insistentemente que a Rússia continuava transferindo armas pesadas ao leste a Ucrânia, segundo a AFP.

Segundo a agência Bloomberg, o tratado não passa de uma “bomba de tempo” e a contagem marcha atrás já começou.

Só que ninguém imaginou que iria tão rápido.

Putin, diz a Bloomberg, demonstrou que é um parceiro em que não se pode confiar. Ele jamais cumpriu as concessões que prometeu fazer e está saindo vencedor da maratona de negociações.

Somando e restando, o novo “cessar-fogo” é mais favorável aos separatistas manipulados por Moscou que o acordo anterior.

Os pro-russos conservarão o controle do território que ganharam violando o acordo anteriormente assinado. É algo incompreensível, escreve Leonid Bershidsky da Bloomberg.

“Um instantinho Vladimir...!”, implora Angela Merkel.  O “diálogo” com Putin em Minsk  tendeu para um entreguismo facilmente ridularizável.
“Um instantinho Vladimir...!”, implora Angela Merkel.
O “diálogo” com Putin em Minsk
tendeu para um entreguismo facilmente ridularizável.
Os milicianos rebeldes ganharam uma super-autonomia, e governarão o território ocupado sob o sopro russo.

Kiev deverá anistiar os rebeldes, restaurar o sistema bancário no território que está na mão de outros, fornecer serviços públicos, e pagar aposentadorias e benefícios sociais na área dominada a controle não tão remoto pela Rússia.

As contradições são tantas, diz Bershidsky, que a bomba de tempo pode explodir a qualquer momento.

As relações da Ucrânia com a União Europeia e a OTAN ficaram numa situação mais do que volátil, e a ameaça da retomada da guerra paira como uma espada de Dâmocles não só sobre Kiev, mas sobre a OTAN também.

Nenhum acordo podia ficar tão perto do que Putin desejava.

Por isso, ele disse que “não é a melhor noite de sua vida, mas um belo amanhecer”.

Vladimir Putin ficou como o personagem central das conversações
Vladimir Putin ficou como o personagem central das conversações
E a plenitude do dia de Putin será quando possa trazer a Ucrânia de volta para a esfera política, econômica e militar da “nova-URSS”.

A BBC com argumentos análogos aponta também para uma vitória diplomática da Rússia.

O exército ucraniano terá que retroceder e os prosélitos de Vladimir Putin ficarão com os territórios ganhos violando o “cessar fogo” anterior.

O papel assinado em Minsk diz que a Ucrânia recuperará o controle de suas fronteiras com a Rússia para impedir a entrada de armamento e soldados. Mas, isto não acontecerá até o fim de ano. E ainda assim só se forem preenchidas condições pouco prováveis de se concretizarem.

A Constituição ucraniana deverá ser reformada para admitir a autonomia das regiões rebeldes, que terão polícia, juízes e alfandegas próprias para comerciar com a Rússia.

Para a revista socialista francesa “Le Nouvel Observateur” em virtude das notas no pé da página do acordo, os enclaves autônomos na prática viram unidades como que independentes que concentram seu relacionamento com a Rússia como se fossem alheias a seu país.

Lança mísseis Katyusha pro-russo visa objetivos ucranianos em Donetsk
Lança mísseis Katyusha pro-russo
visa objetivos civis e militares em Donetsk
Para o jornal britânico “The Telegraph” o acordo de Minsk não resolve o problema da presença de milhares de soldados russos no território ucraniano.

Por volta de 9.000 soldados de cinco batalhões de infantaria apoiados por tanques e artilharia pesada entraram no país para reforçar os rebeldes.

Embora o acordo fale da saída das forças estrangeiras, conversa não basta, comenta o jornal. É necessário um cronograma com um limite definido, com uma autoridade, como a OSCE, que supervisione a saída.

Tudo o que não for isso é fogo de palha.

E o incêndio vermelho arde com ferocidade rumo ao Ocidente insuflado desde Moscou.


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